𝑪𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 𝟏 𝒅𝑒 𝟐 --- 𝑨𝑠 𝑫𝑜𝑟𝑒𝑠 𝒅𝑒 𝑲𝑖𝑚 𝑺𝑒𝑢𝑛𝑔𝑚𝑖𝑛

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Seungmin jamais iria se perdoar.

Porra, fazia 2 anos que tinha sido egoísta. Seus amigos o convidaram para uma noite em comemoração, mas o Kim estava cansado e recusou inventando alguma desculpa barata. Esse era seu maior arrependimento.

Havia perdido tudo, seus sete melhores amigos, no dia de seu aniversário. Lembrava até hoje, o primeiro aniversário foi sombrio, completamente horrendo, o que pintava o chão do quarto era vermelho depois da sétima tentativa de suicídio, essa sendo a mais forte até aquele momento.

Agora, se encontrava aos choros no quarto. Seu aniversário, o dia que lembrava de seu egoísmo. Ele poderia salvá-los, ou ao menos ter a paz de morrer com eles, mas não conseguia. Era tão sujo que nem a morte lhe queria. Sua mãe estava assustada com seu estado. Era quase um coma, chorava em total frieza, sentindo nojo. Nojo de si, nojo de ser tão egoísta, nunca pode se despedir, e não importava o quanto tentava, nunca mais teria de volta.

O caloroso abraço de Chan.

As brincadeiras com Minho.

As farpas com Changbin.

As dicas de cuidado pessoal de Hyunjin.

As bochechas fofas de Han.

A compreensão de Felix

O sorriso tranquilizante de Jeongin.

Tudo aquilo não tinha mais.

Por sua causa, e apenas por sua causa.

Se via sem chão, nunca mais teria os meninos que tornavam sua vida mais colorida de volta.

O som da campainha tocando o fez sair de seu transe. Era seu aniversário, e novamente seus pais saíam em festas traindo um ao outro fingindo não saber.

Nunca mais ia ter os beijos e os carinhos de cada um, e a saudade se fazia presente em todos os seus relacionamentos. Eles nunca eram substituíveis, e mesmo que tentasse superar nunca ia conseguir.

Novamente a campainha tocou, e a muito contragosto saiu da cama. Agarrou o cobertor, o último presente deles para Seungmin, recebido um dia antes de seu aniversário, na escola.

Chorou mais um pouco, lembrando que por causa do luto perdeu todo o resto dos seus anos de aula. Completava 18 anos naquele dia, e sabia que se saísse da casa dos pais iria morrer. E mesmo que eles não gostassem um do outro, ainda estavam juntos pela única coisa: Kim Seungmin, seu filho que precisava deles.

Arrastou-se até a sala, olhando pelo olho mágico e não vendo ninguém. Quando ia se virar, a campainha tocou, e dessa vez resolveu atender. Ao abrir a boca para xingar quem quer que fosse, simplesmente congelou. Ali, em sua frente, estava nada mais nada menos do que seus antigos amigos, aqueles que achou que a anos atrás morreram num massacre acontecido na boate onde estavam festejando, tristes sem o amigo Kim, e foi em meio a aquilo que suas vidas haviam sido retiradas....

Chan: Nós voltamos, meu amor.... - A voz que Seungmin tanto queria ouvir ecoou por seus ouvidos, ele acharia que estava delirando se não sentisse a palma macia tocando sua derme quente, acariciando a bochecha escorrendo lágrimas.

Minho: E nunca mais iremos te deixar. - O garoto falava, se segurando para não chorar apesar de teimosas lágrimas escorrerem, o frio Lee Minho havia amolecido seu coração, mas a realidade era que todos estavam fragilizados.

Continua.....

𝑬𝑢 𝑵𝑢𝑛𝑐𝑎 𝑰𝑟𝑖𝑎 𝑴𝑒 𝑷𝑒𝑟𝑑𝑜𝑎𝑟 ..... ---- 𝓞𝒕𝟖Onde histórias criam vida. Descubra agora