Capítulo 2

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De repente um rapaz alto de cabelos pretos se aproximou de Lisa e a chamou para dançar, ela deu de ombros e o acompanhou. Olhei em volta e pensei em voltar novamente para o bar, então bem no momento que saia da pista, um homem esbarrou em mim derrubando no meu vestido, um copo de algo que julguei ser whisky pelo cheiro forte.

Fiquei com tanta raiva, aquele era o meu vestido preto favorito. Respirei fundo antes de olhar para o idiota que sorria.

-Foi mal, gatinha.

-Vai se ferrar.

Saí pisando duro sentindo o tecido colado na minha pele e fui até o banheiro dar um jeito naquele estrago.

Assim que voltei, Lisa estava aos beijos com o rapaz que tinha a chamado para dançar. Era incrível a facilidade dela se "enturmar" com as pessoas... Voltei para o bar e sem pensar muito no valores das bebidas, pedi bloody Mary.

-Há quem diga que nunca se deve confiar em uma mulher que beba um bloody Mary.

Olhei para o lado me deparando com um homem de olhos cinzentos, ele tinha um sorriso travesso nos lábios e não gostei muito da forma como ele me observava.

-Talvez você devesse seguir tal conselho. -Respondi e resolvi ignorá-lo.

Ele deu uma gargalhada e se aproximou o suficiente para que eu sentisse seu perfume caro.

-Sou o tipo que gosta de arriscar, correr risco... Entende?

A forma como ele falou me fez sentir um calafrio e me peguei olhando para seus lábios, o homem os umedeceu e deu uma piscadinha me fazendo corar.

-Ryan, ao seu dispor.

Ele se apresentou, estendendo a mão para mim. O aperto foi firme e duradouro, sua mão parecia segurar a minha com um propósito. Tentei discretamente me soltar, mas ele só liberou minha mão depois de um tempo.

-Alana. - Respondi, voltando minha atenção à bebida. Eu não era do tipo sociável e Lisa sempre dizia que isso era um problema.

-Alana... Gostei da forma como o seu nome soa quando eu falo.

Aquele homem era esquisito. Um homem bonito, atraente e esquisito. Ele me lembrava uma raposa astuta, esperando o momento certo para dar o bote. Seus olhos eram perturbadores e fascinantes ao mesmo tempo, como se escondessem segredos profundos e perigosos. Cada movimento dele parecia calculado, e eu não conseguia decidir se deveria me sentir intrigada ou alarmada.

-Quer subir?

Ryan indagou apontando para o segundo andar.

Lisa surtaria se me ouvisse nesse exato momento.

-Não, obrigada.

-Você é o tipo que gosta de ficar na defensiva?

-Apenas quero aproveitar a minha bebida em paz.

-Ouch!

Ele colocou a mão no peito como se estivesse magoado, fez um sinal para o garçom se aproximar.

-Quero o mesmo que a senhorita. - Ryan olhou para mim e se aproximou mais um pouco fazendo com que nossos braços se encostassem. - Espero que não se importe, mas vou acompanhá-la. -Disse assim que o garçom trouxe o copo para ele.

Afastei meu braço e decidi olhar em volta procurando Lisa, nem sombra da loira.

-Sua amiga deve estar se divertindo, não precisa se preocupar.

Olhei séria e para ele.

-Como sabe que...

-Vi vocês lá de cima.

Ao cair da noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora