CURIOSIDADE MATOU O GATINHO. C.4

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Acordo com a mente atordoada, mas algo está diferente. O silêncio ao redor parece pesado, e quando me levanto, da cama, percebo que a porta da cela está entreaberta. Um frio percorre minha espinha. Será que ele saiu?

Subo as escadas devagar, o coração acelerado, esperando qualquer momento ouvir seus passos ou sentir seu olhar cortante. Mas não há ninguém. Olho em volta. A casa está vazia.
Vou direto a porta da entrada, mesmo sabendo o quão inútil deve ser. Claro, está trancada.
Eu respiro fundo, reprimindo a frustração que ameaça tomar conta de mim.

- Que merda...

A ideia de que eu realmente acreditei, por um segundo que fosse, que ele me deixaria ir embora, parede ridícula agora. Ele é esperto demais para cometer um erro tão óbvio.

Sento-me na cadeira da cozinha, aceitando que não vou sair daqui tão cedo. Ansiedade está sempre a espreita, mas por enquanto, faço o que posso para me manter ocupada. Preparo um café e tento agir como se fosse um dia qualquer, mas nada aqui é normal.

Depois que termino, lavo os pratos. Meu sequestrador nem se dá o trabalho de lavar sua própria louça. Folgado. Enxugo minhas mão no pano de prato e, aproveitando que estou sozinha, ando por toda a casa, observando cada detalhe.

Paro em frente à porta do seu quarto; o que será que tem lá dentro?

Minha curiosidade começa a crescer, e meu corpo todo grita que é uma péssima ideia, dou um passo em direção a porta. Ela está entreaberta. O ar parece mais denso de repente, mas não posso evitar. Eu preciso saber.

Entro no quarto, e o que vejo me surpreende. Não é exatamente o que eu esperava. O quarto é elegante, todo preto, como se os segredos dele estivessem embutidos nas paredes negras.

Me aproximo da cômoda e vejo várias fotos. Ele... mas diferente. Nessas fotos, ele parece... feliz? Uma versão dele que nunca conheci. Um garoto de sorriso aberto, cercado por amigos. Um rosto que contrasta drasticamente com o homem sombrio que conheço.

Antes que eu possa pensar mais, ouço uma voz familiar e cruel às minhas costas:

- Sabia que a curiosidade matou o gatinho?

- Sabia que a curiosidade matou o gatinho?

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Solto a foto, sentindo o pavor me dominar.
Ele está aqui. Sempre esteve.

Eu tento me afastar, mas minhas costas já estão pressionadas contra a parede fria. O pânico toma conta de mim enquanto Jeff se aproxima, movendo-se com uma confiança predatória.

Ele coloca as duas mãos na parede, um de cada lado do meu rosto, me cercando por completo. Não há escapatória. Seu olhar está cravado em mim, intenso e penetrante, e seus lábios se curvam em um sorriso malicioso.

- Curiosa a pirralha, não? - Ele pergunta, sua voz baixa e ameaçadora, reverberando com um tom de diversão perturbadora.

Odeio quando ele me chama por esse nome. Sinto meu coração martelar no peito, a adrenalina inundando meu corpo. Minha respiração se torna irregular enquanto ele se aproxima ainda mais, sua presença esmagadora.

- Você entrou onde não devia... - Ele sussurra, o tom carregado de um sarcasmo que faz o meu corpo inteiro se arrepender. É como se cada palavra dele estivesse moldando uma armadilha ao meu redor.

- Eu... - Tento falar, mas ele inclina a cabeça de lado, ficando próximo ao meu ouvido, interrompendo.

- Shh... agora já é tarde para arrependimentos. - Ele ri baixinho, o som soando como uma promessa de dor. E apertando o seu pescoço lentamente... - Sabe o que acontece com quem me desobedece?

Ele retira de sua jaqueta preta uma lâmina pequena, e a coloca contra o meu pescoço, o metal frio fazendo meu coração acelerar ainda mais

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Ele retira de sua jaqueta preta uma lâmina pequena, e a coloca contra o meu pescoço, o metal frio fazendo meu coração acelerar ainda mais.

- Vou ter dar uma amostra... - Ele murmura, deslizando a lâmina lentamente em minha pele, um toque que contrasta com a ameaça iminente.

Sinto a dor do corte, uma linha quente de sangue escorrendo, e meu corpo se encolhe, mas o pânico me faz congelar no lugar. O sangue começa a escorrer lentamente, e Jeff observa um sorriso satisfatório. Ele toca o corte com os dedos, espelhando o sangue enquanto seus olhos encontram os meus, um brilho cruel neles.

Ele se inclina ainda mais perto, nossos rostos a milímetros de distância, e eu posso sentir seu cheiro intenso, algo entre madeira queimada e perigo.

- Da próxima vez... - Sussurra contra os meus lábios, a voz grave como um aviso. - Não haverá piedade.

Ele finalmente se afasta

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Ele finalmente se afasta.

- Agora, saia do meu quarto. - Ele ordena, a voz carregada de desprezo.

Meus punhos se apertam, e um nó se forma na garganta, mas eu me viro e saio do quarto, sentindo o desprezo dele me seguir como uma sombra.

A porta se fecha atrás de mim, e enquanto caminho para a cela, coloco a mão no corte e mordo os meus lábios por causa da dor.
Sinto a adrenalina se dissipar.
Uma raiva crescente toma conta de mim por não ter desconfiado que era tudo armação daquele psicopata.

Ele estava me testando. E eu caí.

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              ATÉ O CAPÍTULO 5 🥀🖤☠️🗡️

• Esse texto, eu queria "aliviar" um pouco. Com o meu projeto de está criando um livro físico, não ficou legal a cena da facada, que foram duas por sinal. E no fim, Maya ficar com o homem que lhe esfaqueou por um motivo bem fútil. Sei que é um livro de dark romance, mas tem coisas que não precisam ser totalmente agressivas só fisicamente.

Aqui eu fui para um lado mais mental, psicológico. E não totalmente fisico como no outro capítulo 4 do primeiro livro. 🖤

Espero que gostem, e foi revisado com muito carinho. 🖤

  Votem na ⭐️ se gostou do capítulo. 🥀🖤🗡️☠️

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⏰ Última atualização: Nov 01 ⏰

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