Entre dois mundos - O Amor Que Transcende Reinos - Swanqueen

Capítulo 7 - A História de Regina

Na cozinha iluminada, Emma estava de pé diante do fogão, seus olhos focados enquanto ela mexia os ovos em uma frigideira. O cheiro de bacon recém-frito e café fresco pairava no ar, preenchendo o ambiente. Ela não podia evitar dar uma olhada rápida por cima do ombro para a mesa, onde Regina estava sentada em silêncio, com as mãos cruzadas sobre o colo e os olhos fixos na janela. Era cedo, e o sol da manhã brilhava do lado de fora, mas a expressão no rosto de Regina contrastava fortemente com o clima ameno lá fora. Havia uma tristeza profunda em seus olhos que Emma não conseguia ignorar.

Regina havia oferecido ajuda quando entrou na cozinha, mas Emma gentilmente recusou, pedindo para que ela se sentasse e relaxasse. Parecia que Regina precisava de um momento para respirar, para lidar com algo que estava pesando sobre ela, e Emma sabia o suficiente para não forçar uma conversa antes que a outra estivesse pronta.

— Sente-se, Regina. Está quase tudo pronto — Emma disse, com um sorriso breve, tentando suavizar o clima enquanto colocava os pratos na mesa.

Regina não disse nada, apenas assentiu levemente, seus olhos ainda vagando pela cozinha, mas sem realmente enxergar nada. Ela estava distante, completamente perdida em pensamentos que Emma não tinha acesso. Um silêncio desconfortável se instalou na cozinha por alguns minutos, quebrado apenas pelo barulho da frigideira e dos talheres sendo organizados.

Logo, Henry entrou correndo na cozinha, seus passos leves ecoando pela casa.

— Bom dia, mãe! — ele disse alegremente, já puxando uma cadeira e se sentando à mesa. — O café está pronto? Estou morrendo de fome!

Emma sorriu para ele, aliviada com a energia matinal do filho, sempre tão cheio de vida. Ela serviu o suco na frente dele e colocou mais uma travessa de torradas na mesa.

— Quase pronto, querido — ela respondeu, tentando manter o tom leve. — Você pode começar com isso enquanto eu termino os ovos.

Henry então olhou para Regina, que estava sentada quieta, quase imóvel. Ele percebeu a mudança de humor imediatamente. Regina sempre parecia tão cheia de presença, mas hoje estava diferente. Ele podia sentir. Seus olhos curiosos a estudaram por um segundo antes de ele abrir a boca para perguntar.

— Princesa Regina, por que você está triste? — Henry perguntou, sem rodeios, sua voz curiosa e honesta, como só as crianças conseguem ser.

Regina pareceu sair de seu transe, seus olhos piscando como se estivesse voltando à realidade. Ela olhou para Henry, surpresa por sua pergunta direta, mas a verdade estava ali, estampada em seu rosto. Não havia como disfarçar, e ela sabia disso. Ela suspirou suavemente antes de responder, seus dedos se entrelaçando nervosamente sobre a mesa.

— Eu... estou pensando na minha irmã — Regina disse em voz baixa, olhando para baixo. — Sinto falta dela.

Emma, que estava colocando os últimos ovos mexidos em um prato, parou por um momento, prestando atenção nas palavras de Regina.

— Você tem uma irmã? — Henry perguntou, seus olhos arregalados com curiosidade. — Como ela é?

Regina esboçou um pequeno sorriso, mas ele não chegou a seus olhos. Era um sorriso melancólico, cheio de lembranças boas que traziam dor naquele momento.

— Sim, Henry. O nome dela é Zelena. Ela... — Regina fez uma pausa, como se estivesse procurando as palavras certas. — Ela é a pessoa mais importante para mim. Sempre foi. Nós crescemos juntas, enfrentamos muitas coisas juntas. Mas agora... eu não sei onde ela está. Eu não sei se ela está bem.

Henry franziu o cenho, visivelmente preocupado. Ele podia não entender completamente o que Regina estava passando, mas imaginava que perder alguém que você ama era uma coisa assustadora. Ele ficaria assim se algo acontecesse com sua mãe.