Eu Escolho Você

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Autora

Bom dia, boa tarde, boa noite ou boa madrugada, tudo bem?

Pra quem julgou o Swift, espero que quebrem a cara. Com amor, a autora 🫶

Enfim, é isso, boa leitura!

Diretor Swift

— Fala onde a garota está, Swift. — a voz do alienígena à minha frente era cortante, carregada de uma impaciência que se transformava em ameaça.

Eu me encolhi mais contra a parede, tentando manter a calma. Precisava ganhar tempo para que Gabby percebesse que as coisas estavam diferentes, mas, se o que eles falaram era verdade, ela estava apaixonada — e isso podia distraí-la, o que tornava tudo mais perigoso.

Eles não podiam saber para onde eu a havia mandado três meses atrás, mas sabiam que ela estava longe demais para agir rápido.

Respirei fundo, sustentando o olhar do alienígena que me interrogava.

— Nunca. — respondi firme, lutando contra o tremor na voz. — Vocês não vão machucar a Gabby!

O alienígena deu um passo ameaçador à frente, seus olhos brilhando em um tom gelado e calculista.

— Ah, Swift, ainda não percebeu? — ele sorriu, cruelmente. — Você já está machucando ela, deixando-a longe da verdade. E quando ela souber... será tarde demais.

Pisquei, processando o que ele disse. Tarde demais? Gabby estava em Stoneybrook, mas por quanto tempo ela estaria a salvo se eles continuassem procurando?

— Ela vai descobrir, Swift. E você não poderá fazer nada para impedir.

Um calafrio desceu pela minha espinha. Sabia que estava correndo contra o tempo e que precisaria alertar Gabby de alguma forma, antes que fosse tarde demais para ela e, agora, para Mary Anne também.

Mary Anne

Estou deitada no colo de Gabby, e sua mão faz carinho nos meus cabelos enquanto ouço seu coração batendo em um ritmo tranquilo, nem devagar demais, nem acelerado. Ela usa um cropped, o que facilita os desenhos invisíveis que faço em sua pele com a ponta dos dedos, sentindo seu abdômen se contrair levemente ao meu toque. Sorrio com isso.

Gabby desliza a mão até o meu rosto, parando no meu queixo e erguendo-o delicadamente. Seus olhos encontram os meus, e por um momento tudo parece silenciar ao redor. Sem pensar muito, me aproximo e selo nossos lábios em um beijo rápido, sentindo meu rosto esquentar logo em seguida. Gabby sorri e deixa um beijo carinhoso na minha testa, me puxando um pouco mais para perto.

— Sabe, sempre achei que estava segura comigo. — ela murmura, brincando com uma mecha do meu cabelo. — Agora vejo que quero mais do que apenas isso.

Eu a encaro, sentindo meu coração acelerar ainda mais. Com uma mão, faço um carinho suave em seu rosto, e me aproximo, quase sem perceber, esfregando de leve meu nariz no dela. Um sorriso involuntário surge em meu rosto, mas antes que eu possa dizer qualquer coisa, Gabby nos vira, me deitando suavemente sobre a toalha de piquenique.

Solto uma risada surpresa quando ela começa a dar leves mordidinhas de brincadeira, me fazendo rir ainda mais.

Ela então se afasta um pouco, me observando com um brilho nos olhos, e afasta delicadamente algumas mechas de cabelo que caíram sobre meu rosto.

— Você é a pessoa mais linda que eu já vi. — ela sussurra, e sinto minhas bochechas corarem instantaneamente. 

Tento desviar o olhar, mas a mão dela pousa na minha bochecha, me trazendo de volta ao momento. Gabby começa a espalhar pequenos beijos pelo meu rosto, cada um mais suave e terno que o anterior, fazendo com que meu coração bata ainda mais rápido.

— Gabby, para... — rio, entre um beijo e outro, sem realmente querer que ela pare.

— Nunca. — ela responde, sorrindo.

Por fim, Gabby se deita ao meu lado e entrelaça sua mão na minha, como se o simples toque fosse o bastante para nos manter conectadas. Ficamos olhando o céu, em silêncio, nossas mãos entrelaçadas. A presença dela ao meu lado traz uma paz tão profunda que as palavras parecem desnecessárias. Sentir o calor da sua mão e o som suave da sua respiração são tudo o que preciso neste momento.

Sem perceber, sinto meus olhos pesarem e lentamente caio no sono, embalada pelo calor de sua presença.

Quando abro os olhos novamente, percebo que o céu já está tingido em tons de laranja e roxo, o sol quase se pondo no horizonte. Gabby ainda está ao meu lado, olhando para mim com um sorriso sereno.

— Dormiu bem? — ela pergunta, a voz baixa e aconchegante.

— Muito. — respondo, um pouco envergonhada. — Eu... acho que nunca estive tão tranquila.

Ela aperta minha mão levemente.

— Acho que posso me acostumar a ser seu travesseiro humano. — brinca, e rimos juntas.

O silêncio confortável volta a nos envolver, mas sinto que é o momento de perguntar algo que está me inquietando.

— Gabby... você acha que vai ficar? Quer dizer, não só por hoje, mas... por mais tempo?

Gabby Duran

A pergunta de Mary Anne me pegou de surpresa e me deixou pensativa. Eu queria tanto ficar, estar ao lado dela. Mas, e meu trabalho? Será que ele é mais importante do que estar aqui, com Mary Anne?

Respiro fundo, começando um carinho suave em seus cabelos, tentando adiar a conversa. Mas ela percebe e se senta, olhando para o horizonte com um semblante de dúvida.

— Tudo bem se você não puder ficar... só me avise com antecedência quando for embora, ok? — sua voz sai baixa, quase insegura.

Me ajeito atrás dela, envolvendo sua cintura com meus braços e apoiando o queixo em seu ombro.

— Eu quero ficar, Mary. Muito. Mas... da última vez que estivemos juntas, você acabou perdendo suas memórias. — sussurro, segurando seu rosto delicadamente e virando-o para que olhe nos meus olhos. — Não quero que você passe por isso de novo, ainda mais por minha causa.

Ela suspira, os olhos brilhando com as lágrimas que se acumulam, enquanto segura meu rosto e se inclina para um selinho suave e doce. Nossos lábios se tocam brevemente, mas o calor e a sinceridade desse gesto dizem tudo. Quando ela se afasta, vejo que há mais do que tristeza em seu olhar; há determinação.

— Gabby, eu não me importo com os riscos. Eu escolho lembrar... e se um dia não lembrar mais, confio que vamos encontrar uma maneira de recriar todas essas memórias. Porque eu escolho você.

As palavras dela aquecem meu coração e dissipam um pouco do medo que sinto. Envolvo-a novamente, e ficamos assim por um tempo, respirando no ritmo uma da outra, deixando o silêncio dizer o que nenhuma de nós precisa falar em voz alta.

Autora

Gostaram?

Enfim, é isso, até o próximo capítulo!

Missão: StoneybrookOnde histórias criam vida. Descubra agora