Namoradas

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Autora

Bom dia, boa tarde, boa noite ou boa madrugada, tudo bem?

Só avisando que estou fazendo um capítulo de créditos de Romance em Cena e mais dois capítulos de especial de Natal e Ano Novo.

Enfim, é isso, boa leitura!

Mary Anne

Dois dias depois

Gabby estava me levando para um piquenique, mas algo nela parecia diferente hoje. Seus dedos estavam inquietos e ela parecia mais nervosa do que o normal. Eu aperto suavemente sua mão, tentando acalmá-la, e ela me olha rapidamente com um sorriso forçado.

— Tá tudo bem? — pergunto, arqueando uma sobrancelha.

— Sim, tá tudo ótimo — ela responde, mas sua voz não tem a habitual confiança. Ela tenta disfarçar, mas é óbvio que algo está em sua mente.

Seguimos em silêncio até chegarmos ao mesmo parque onde fizemos o primeiro piquenique há alguns dias. Dessa vez, Gabby tinha preparado o espaço com ainda mais capricho: uma toalha decorada com pequenas luzes e flores ao redor, quase como um cenário de um sonho.

Quando nos sentamos, percebo que suas mãos ainda tremem levemente enquanto ela tenta tirar algo da cesta. Pego sua mão de novo, olhando em seus olhos com mais intensidade.

— Gabby, você sabe que pode falar comigo, certo? — digo, com um sorriso gentil. — Se tem algo te preocupando…

Ela solta um suspiro e me olha, dessa vez com uma expressão de determinação.

— Na verdade... tem algo que eu quero te dizer, Mary Anne — ela começa, sua voz um pouco mais firme agora. — Na verdade, tem algo que eu quero te perguntar.

Meu coração acelera instantaneamente, e antes que eu possa pensar no que está prestes a acontecer, Gabby puxa algo pequeno do bolso de sua jaqueta. Quando ela abre a mão, vejo um pequeno anel com um desenho em formato de estrela no centro.

— Eu fiz isso pra você. — ela murmura, me entregando o anel. — Sei que não sou muito boa com palavras, mas... você significa o mundo pra mim, Mary Anne. E... bom, eu sei que parece meio bobo, mas eu queria te perguntar se você quer namorar comigo.

Por um momento, fico sem reação. Olho para o anel, depois para Gabby, e as emoções me atingem de uma vez. Lágrimas começam a encher meus olhos antes que eu possa contê-las.

— Gabby... — sussurro, segurando o anel com cuidado. — Claro que eu quero. Eu quero muito.

Gabby solta um suspiro de alívio, e nos abraçamos com força, rindo um pouco enquanto as lágrimas caem dos meus olhos. Quando nos afastamos, ela me coloca o anel e nos beijamos, um beijo suave e cheio de carinho.

— Eu sou a pessoa mais sortuda do mundo. — Gabby murmura contra meus lábios, e eu não poderia concordar mais.

Sem pensar de mais, começo um outro beijo com Gabby, um beijo mais intenso fazendo meu corpo corresponder ao seu toque.

— Espera, Mary...

Gabby se afasta um pouco, respirando fundo, e me olha com uma mistura de carinho e hesitação. Eu mal consigo controlar a impaciência dentro de mim, e antes que ela possa dizer qualquer coisa, a interrompo:

— Eu quero, Gabby. Eu quero você... — minha voz sai urgente, sincera, e me inclino na direção dela novamente, mas Gabby segura meu rosto com delicadeza, me fazendo parar.

— Mary Anne... eu também quero você. Muito. — Sua voz é suave, mas firme. — Mas a gente precisa ter certeza de que isso é o que realmente queremos agora, que estamos prontas. Não quero que a gente se apresse, entende?

Olho para ela, e, embora uma parte de mim queira seguir em frente, a expressão nos olhos de Gabby me faz parar. Há tanto cuidado e respeito no jeito que ela fala, e percebo que é exatamente isso que torna nosso relacionamento especial: a paciência e o carinho que temos uma pela outra.

— Não estou apressando nada. Eu só sei o que quero, e o que quero é você. — fecho os olhos, esfregando de leve nossos narizes enquanto sussurro com firmeza. — Me deixa te ter, Gabby.

Gabby aperta minha cintura, seu toque cheio de afeto, mas ainda hesitante.

— Estamos em um lugar público, Mary, e não quero te... — antes que ela repita a mesma desculpa, me afasto, me sentando ereta, sentindo um misto de frustração e compreensão.

— Tudo bem, desculpa. Vamos só terminar aqui e ir embora, tá? — murmuro, pegando um salgado da cesta e levando-o até a boca. Mas a mão de Gabby me impede de dar a mordida.

— Não vai me deixar comer também? — pergunto, levantando uma sobrancelha, mas Gabby apenas sorri de um jeito travesso.

Em silêncio, ela pega o salgado e coloca uma parte na boca, se aproximando devagar de mim. O gesto é tão inesperado e encantador que fico paralisada, meus olhos fixos nos lábios dela. Com um sorriso contido, abro a boca e dou uma mordida, nossos lábios se tocando levemente no processo.

O toque é breve, mas tão intenso que sinto meu coração disparar. Gabby deixa o salgado de lado e, antes que eu perceba, se aproxima ainda mais, seus lábios finalmente encontrando os meus em um beijo doce e profundo. É como se todas as palavras, hesitações e incertezas tivessem se dissolvido naquele instante, deixando apenas nós duas.

Quando o beijo se aprofunda, Gabby me empurra suavemente para trás, e eu me deito sobre a toalha do piquenique. Mas antes que o momento evolua, ela se afasta, os olhos brilhando com ternura, e sussurra em meu ouvido.

— Podemos aproveitar este momento fofo agora, e mais tarde fazemos o que você quer? — diz, com um sorriso brincalhão, enquanto acaricio suavemente seus cabelos.

— Então vai ter que me prometer que não vai esquecer — respondo no mesmo tom, rindo levemente.

Ela se levanta, entrelaçando nossas pernas e passando o braço pela minha cintura, trazendo-me para perto mais uma vez.

— Eu já descumpri alguma promessa feita para você? — Gabby me pergunta, e o jeito como ela me olha deixa claro o quanto essas palavras são verdadeiras.

— Nunca — murmuro, me rendendo ao abraço quente e confortável dela.

Ficamos ali por um bom tempo, apenas aproveitando a companhia uma da outra, até que o sol começa a se pôr, colorindo o céu com tons de laranja e rosa. Gabby então me ajuda a levantar, e, de mãos dadas, começamos a recolher o que trouxemos para o piquenique. Sinto que qualquer coisa ao lado dela é especial, mesmo as atividades mais simples.

— Sabe, não acho que vou esquecer esse dia tão cedo — digo, com o coração leve.

— Nem eu. — Gabby sorri, e seus olhos brilham com a mesma intensidade que os meus.

Depois de um tempo, juntamos nossas coisas e começamos a caminhar em direção à casa de Gabby. No caminho, íamos rindo e brincando, e, de vez em quando, ela me puxava para um beijo, o que me fazia soltar risadas bobas.

Autora

Gostaram?

Próximo capítulo é o último, então preparem para não ter mais atualização dessa fic mas respirem porque teremos especial de Natal e Ano Novo.

Enfim, é isso, até o próximo capítulo!

Missão: StoneybrookOnde histórias criam vida. Descubra agora