Após a morte trágica de Katherine Mikaelson, sua alma ressurge em um novo corpo: o de Zoe Benson, uma jovem bruxa que descobre seus poderes de maneira chocante e devastadora.
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Kol e Zoe riam juntos, em uma conversa que parecia fluir cada vez mais naturalmente, quando Klaus se aproximou, trazendo consigo uma presença inconfundível. Ele estava observando o irmão há algum tempo e, como sempre, seu senso de propriedade e proteção em relação à sua cidade e sua família o empurrava a intervir. Klaus não era de perder a oportunidade de uma provocação, e Kol, estando como sempre na companhia de uma nova face misteriosa, era a chance perfeita.
“Kol,” Klaus chamou com um sorriso afiado, “imagino que tenha encontrado outra musa.” Ele voltou o olhar para Zoe, fingindo um tom casual. “É sempre divertido conhecer as amizades do meu querido irmão.”
Zoe o fitou por um momento, mantendo o olhar firme e curioso, como se estivesse tentando decifrar Klaus. Ele tinha uma energia ameaçadora e, ao mesmo tempo, uma espécie de carisma encantador. Zoe sabia que ele era o mais imprevisível dos Mikaelson e não abaixou a guarda.
Kol ergueu os olhos, sem conseguir esconder um sorriso presunçoso. “Bem, irmão, Zoe é uma convidada especial, assim como todos nós esta noite.”
Klaus deixou escapar uma risada seca. “Espero que, desta vez, você trate esta moça com mais cuidado,” comentou, lançando um olhar de soslaio para Zoe e acrescentando com falsa seriedade, “Afinal, seria um desastre se o destino dela acabasse... tão intempestivo quanto o da última.”
Zoe, fingindo-se de confusa, inclinou a cabeça levemente e sorriu como se não tivesse compreendido a referência. “Última?” perguntou com um tom curioso, o bastante para manter a aparência de inocência, mas sem entregar o jogo.
Kol revirou os olhos, desconcertado, enquanto Klaus observava Zoe atentamente, como se tentasse detectar qualquer reação além do sorriso contido. “Ah, não se preocupe, é apenas uma piada de família,” ele disse, como se tentasse amenizar o comentário. “Kol aqui tem um histórico... interessante.”
Zoe assentiu, mantendo a expressão de aparente desentendimento. Em sua mente, porém, ela entendia perfeitamente a piada e o aviso implícito de Klaus. Havia uma tensão entre os irmãos que ela compreendia em um nível profundo, ainda que Klaus não soubesse o quanto. As palavras dele confirmavam algo que Zoe sempre soubera: os Mikaelson estavam sempre em guerra com o destino, e com aqueles ao seu redor.
Klaus, satisfeito com a reação de Zoe — ou com a falta dela, na visão dele —, deu um sorriso aprovador, virando-se para Kol. “Vou deixá-los a sós, irmão, mas, por favor, sem surpresas desagradáveis para o restante da família.” E com um aceno curto, Klaus desapareceu novamente em meio à multidão, como uma sombra.
Assim que ele saiu, Kol soltou um suspiro. “Sempre tem que aparecer para arruinar tudo, não é?” Ele sorriu para Zoe, tentando recuperar o clima descontraído de antes. Zoe, entretanto, apenas deu um pequeno sorriso enigmático, agora ainda mais atenta a cada detalhe que envolvia os Mikaelson.
Ela se questionava até onde poderia ir, se poderia jogar com eles sem que percebessem quem ela realmente era.
