Após a morte trágica de Katherine Mikaelson, sua alma ressurge em um novo corpo: o de Zoe Benson, uma jovem bruxa que descobre seus poderes de maneira chocante e devastadora.
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Capítulo 3: O reencontro.
No coração de Nova Orleans, em um café pouco iluminado e frequentado por figuras discretas, Elijah Mikaelson, com o semblante de sempre — impecável e reservado, ainda que marcado pela dor da perda de Katherine —, estava absorto em pensamentos. Sentado em uma mesa isolada, ele remexia sua xícara de café, o olhar perdido como se procurasse respostas nas sombras que a luz suave da manhã desenhava no ambiente.
Nesse instante, a porta se abriu, e uma figura vestida em um terno preto, com um longo chapéu cobrindo parte de seu rosto, entrou no café. Seus passos eram sutis, mas havia algo de magnético em sua presença. Zoe Benson — ou Katherine, como Elijah jamais imaginaria — caminhou até o balcão e fez seu pedido, sua voz baixa e quase musical soando como um sussurro para quem estivesse próximo o suficiente.
Ao levantar os olhos,Elijah a notou imediatamente. Havia algo na postura dela, algo que ele não conseguia explicar. Aquele rosto, ainda que desconhecido para ele, possuía uma expressão que evocava memórias; uma sensação agridoce tomou conta dele, como se um vestígio de Katherine estivesse presente naquela jovem. Ele sabia que era impossível, mas não conseguia desviar o olhar.
Zoe percebeu o olhar de Elijah e, com um leve sorriso de canto, deu um passo em direção a ele, como se algo nela também a atraísse a ele.
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Ela se aproximou, mantendo o chapéu, mas com os olhos caramelo brilhando sob a aba. Quando ela parou diante da mesa dele, Elijah sentiu uma espécie de choque — como se uma sombra familiar o envolvesse.
"Desculpe-me por encarar," Elijah começou, tentando disfarçar a estranha emoção que sentia. "Mas acredito que nunca nos conhecemos."
Zoe sorriu, um sorriso calculado e ligeiramente misterioso. "A cidade tem muitas faces, senhor Mikaelson. E, talvez, nos conheçamos melhor do que pensa."
A frase fez Elijah franzir o cenho, confuso. Ele estava prestes a responder, mas Zoe desviou o olhar, como se sua própria presença ali fosse uma escolha deliberada, quase ensaiada. Para ela, esse momento era tão inevitável quanto doloroso. Katherine, embora no corpo de Zoe, reconhecia cada traço de Elijah, sentindo a velha atração, mas sabendo que não podia revelar quem realmente era.
"Posso acompanhá-lo?" Zoe perguntou, com uma leveza que contrastava com a tensão no ar.
"Claro," Elijah respondeu, e algo no tom da voz dela mexeu com ele. Zoe se sentou em frente a ele, mantendo a expressão serena, embora sua mente estivesse em alerta. Ver Elijah novamente, tão próximo e vulnerável, trouxe um turbilhão de emoções que ela mal conseguia conter. Ela lutava para esconder o fato de que o conhecia — que sabia tudo sobre ele e os Mikaelson, que conhecia cada história, cada segredo.
Eles conversaram sobre trivialidades — Nova Orleans, o café, a cidade. Elijah observava Zoe com curiosidade, tentando decifrar a sensação de familiaridade que ela lhe causava. Enquanto isso, Zoe jogava com as palavras, insinuando pequenos fragmentos de mistério, sem revelar seu verdadeiro eu.
Quando Zoe se levantou para partir, Elijah segurou o pulso dela, em um gesto instintivo, e sentiu um calafrio ao contato.
"Desculpe-me," ele murmurou, soltando-a imediatamente. "É que… há algo em você…"
Zoe sorriu, com o olhar cheio de um enigma que apenas ela compreendia. "Talvez seja apenas a cidade, Elijah," disse ela, sabendo que cada palavra sua deixava Elijah ainda mais inquieto. "Às vezes, encontramos mais do que esperamos ao dobrar uma esquina em Nova Orleans."
Ela se virou e saiu, deixando-o perdido em uma sensação que o perturbava. Elijah, porém, não conseguia parar de pensar naquela mulher enigmática, que parecia trazer um pedaço de seu passado na forma de um presente perturbador. E Zoe, ao sair do café, sabia que tinha deixado em Elijah a mesma dúvida que a acompanhava desde sua ressurreição: se ela poderia realmente manter seu segredo e, ainda assim, se aproximar de alguém que significava tanto para ela.
E enquanto Elijah continuava a sentir o eco daquela presença tão familiar, Zoe desaparecia entre as ruas sombrias da cidade, sentindo o peso de tudo que ainda precisaria enfrentar — entre sua nova vida como Zoe e a alma que sempre seria Katherine.
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Notas da autora:
Espero que tenham gostado e se gostou deixa a estrelinha e se possível deixe um comentário dizendo o que vocês acharam.
