Após a morte trágica de Katherine Mikaelson, sua alma ressurge em um novo corpo: o de Zoe Benson, uma jovem bruxa que descobre seus poderes de maneira chocante e devastadora.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Na manhã seguinte, Zoe se sentia ainda mais inquieta. Sua conversa com Elijah pesava em sua mente, misturada com a tensão constante de manter sua nova identidade. Decidida a distrair-se, ela saiu da Academia e foi em direção a uma das lojas de magia localizadas no French Quarter. Era o tipo de lugar que atraía turistas curiosos, mas era bem mais do que aparentava ser.
A fachada da loja era sutil, discreta, com uma pequena placa que dizia "La Mystique" e um letreiro envelhecido, quase encoberto por trepadeiras. Do lado de dentro, o cheiro de ervas e incenso era acolhedor, e as prateleiras estavam cheias de objetos que pareciam triviais para turistas desavisados — velas, cristais, frascos de poções e livros com capas desgastadas.
Enquanto passava os dedos por uma estante de livros antigos, Zoe sentiu uma presença familiar. Ao olhar para o lado, seus olhos se encontraram com os de Freya Mikaelson, a bruxa mais poderosa da família, que observava as prateleiras com uma expressão pensativa, como se estivesse à procura de algo específico.
Freya ergueu os olhos e notou Zoe, uma expressão de leve curiosidade passando por seu rosto. Zoe manteve a postura calma, fingindo que era apenas mais uma jovem bruxa em busca de itens para feitiços.
"Interessada em algo específico?" Freya perguntou, sua voz neutra, mas seus olhos observadores.
Zoe sorriu levemente, pegando um frasco de óleo essencial e girando-o entre os dedos. "Algo que possa ajudar a me manter protegida… ou oculta, talvez."
Freya deu um meio sorriso, com um olhar que parecia pesar as palavras da garota. "Essas coisas não funcionam como a maioria dos turistas pensa," disse ela, pegando uma pequena pedra de proteção e segurando-a entre os dedos, como se inspecionasse o objeto. "Mas você… não parece exatamente uma turista."
Zoe manteve a postura, ciente de que qualquer deslize poderia chamar atenção. "Digamos que gosto de colecionar itens… místicos." Ela continuou examinando os frascos, tentando agir com naturalidade, mas o coração batia forte no peito. Freya era inteligente e sagaz; qualquer detalhe poderia entregá-la.
Freya estreitou os olhos, com um olhar que parecia enxergar através da fachada de Zoe. "Nova em Nova Orleans? A cidade não costuma atrair gente com poderes... a não ser que estejam buscando algo."
Zoe sorriu, tentando parecer descontraída. "A cidade tem uma… energia única. Parece perfeita para quem busca aprimorar certas habilidades."
Freya soltou uma risada curta. "Nova Orleans tem mais segredos do que aparenta, e nem todos que vêm para cá conseguem lidar com eles." A bruxa então estendeu a pedra de proteção na direção de Zoe. "Leve isto, pelo menos. Não vai resolver tudo, mas pode ajudar."
Zoe pegou a pedra, sentindo a energia leve e fria nas mãos, e assentiu. "Obrigada, Freya." As palavras saíram antes que ela percebesse, e por um instante, temeu ter revelado mais do que queria.
Freya levantou uma sobrancelha, surpresa. "Sabe meu nome?"
Zoe hesitou por um segundo antes de responder, rapidamente formulando uma desculpa. "Você é conhecida por aqui. Além do mais, é difícil ignorar uma bruxa da sua... reputação."
Freya observou Zoe, tentando entender as nuances de suas palavras. "Bom, se precisar de algo... venha até mim. Nova Orleans pode ser um lugar difícil para jovens bruxas solitárias." Ela lançou um último olhar avaliador antes de se afastar, ainda intrigada com a jovem misteriosa.
Assim que Freya saiu da loja, Zoe soltou um suspiro de alívio. Freya era uma das poucas pessoas que poderiam, eventualmente, ligar os pontos entre ela e Katherine, e sua presença trazia um risco inesperado. Mesmo que estivesse escondida sob uma nova identidade, Zoe sabia que sua conexão com os Mikaelson estava longe de ser completamente enterrada.
Segurando a pedra de proteção, Zoe murmurou para si mesma enquanto a segurava firme, como se fosse um escudo entre ela e os fantasmas de seu passado: "Você pode ser Zoe agora, mas o mundo dos Mikaelson ainda está perto demais."
