2. Imagination

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Meia-noite e meia

E eu estou assistindo ao show da noite

No meu apartamento, sozinha

Como eu odeio passar a noite sozinha

- Gimme! Gimme! Gimme, Abba.

Duas semanas se passaram desde o ocorrido no Mystic, e desde então não vi James e andei pensando mais do que o normal na última discussão com Nicholas

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Duas semanas se passaram desde o ocorrido no Mystic, e desde então não vi James e andei pensando mais do que o normal na última discussão com Nicholas. Quando éramos crianças, ele agia da mesma forma com todos que se aproximavam, sempre brigava ou assustava alguém para a pessoa se manter afastada de mim. Mas, agora depois de tudo, por que fez a mesma coisa?

Afastei esse pensamento, porque não havia hipótese alguma de um dia me aproximar dele novamente.

– Emily, será que poderia me ajudar com a organização do setor de romance? Os estudantes deixaram uma bagunça – pedi a ela, que logo apareceu com o tédio de sempre.

– Se eles são desorganizados aqui, imagina na casa deles – ela reclamou, organizando os livros da estante.

– Não seja tão amargurada – sorri – Até parece que nunca foi adolescente.

– Dessa forma, com certeza não – ela fez uma careta.

Emily e eu nos conhecemos no fundamental também, assim como Sophie. Fizemos biblioteconomia e decidimos abrir uma pequena biblioteca juntas. No começo foi difícil, mas conseguimos segurar as pontas e hoje estamos mais seguras com nosso pequeno comércio. Já Sophie, decidiu seguir publicidade e propaganda, o que também foi uma ótima decisão, visto que trabalha na agência de seu pai.

Senti meu celular vibrar, e sorri vendo uma mensagem de James "estou indo na cafeteria, será que a majestade me acompanharia? Até pago seu café"

"Com esse convite, não tem como recusar. Te encontro lá" respondi.

– Emily – a chamei – Tudo bem se eu sair mais cedo? Preciso fazer uma coisa.

– Tudo bem – ela respondeu desconfiada – Mas o que vai fazer?

– Ah, preciso dar comida ao Salém – menti.

Precisava mentir? Não. Porém, não queria Emily tagarelando de novo sobre James no meu ouvido.

– 'Tá bom então – ela respondeu, ainda desconfiada – Dê um cheiro no Salém por mim.

– Sim, senhora – sorri e peguei minha bolsa – Amanhã te ajudo com a bagunça, até mais.

Sai da biblioteca e fui em direção a cafeteria, James havia me enviado uma mensagem dizendo que já tinha chegado. No caminho, me deparei com um outdoor luminoso onde Nicholas era o garoto propaganda, e claro, era sobre a empresa imobiliária de seu pai.

LETTERS TO THE PASTOnde histórias criam vida. Descubra agora