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C. Dorella
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Quando o sol finalmente se pôs, a praia se encheu de uma luz suave e laranja, criando a atmosfera perfeita para estender o dia. A maioria das pessoas começava a ir embora, mas nós ficamos. Estava tão tranquilo que decidimos jogar uma partida de vôlei ali mesmo, à beira do mar.
- Acho que vou sair como o MVP dessa partida - brincou Goularte, esticando os braços para se alongar.
- Ah, claro. Porque é super fácil ganhar com o nível de jogo de vocês - respondi, piscando para ele.
Nos dividimos em dois times: eu, Lorena e Bea contra Goularte, Cellbit e Bagi. A partida começou, e rapidamente virou uma mistura de competição e risadas. Lorena se jogava em cada bola com uma seriedade impressionante, enquanto Cellbit e Goularte se provocavam o tempo inteiro.
Depois de um jogo acirrado, nos sentamos na areia para recuperar o fôlego. A conversa começou leve, até Lorena abrir espaço para falarmos de algo mais profundo:
- Vocês sempre quiseram fazer o que fazem agora? - perguntou, olhando ao redor com curiosidade.
- Nem um pouco - respondeu Bagi. - Eu pensava em seguir algo completamente diferente, mas a vida foi me levando por outro caminho.
Goularte riu e acrescentou:
- Pra ser sincero, eu também comecei tudo isso meio na brincadeira. Aconteceu que virou trabalho, e cá estou.
Eu ouvia tudo e acabei rindo comigo mesma.
- Eu acho que eu sempre fui um pouco "dramática" - comentei, sorrindo. - Cresci amando Shakespeare, especialmente Hamlet. Acho que sempre quis viver uma vida meio épica.
Cellbit me olhou curioso.
- Espera aí, você gosta mesmo de Shakespeare?
- Demais - respondi, entusiasmada. - Especialmente Hamlet. Acho que ele fala coisas profundas de uma forma que qualquer um consegue sentir. Tipo aquela fala "ser ou não ser..." não importa quantas vezes eu escute, sempre me pega.
Bea sorriu e trocou olhares com os outros.
- E você ainda arranja tempo pra jogos e... gatos! - brincou, rindo.
- Exatamente! - sorri. - Não tem nada como chegar em casa depois de um dia cheio e jogar com os amigos... ou ficar ouvindo música com meu gato. É o jeito que encontrei de me reconectar comigo mesma.
A conversa fluiu por mais alguns minutos, e ali estávamos, na areia, unidos não apenas pela amizade, mas também pelos nossos interesses e pelas pequenas coisas que faziam a vida mais rica e cheia de cor.
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