Brenner Souka

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**Capítulo 7: O Fogo da Vingança**

Consumido pela ira e pelo poder que recentemente despertou dentro de si, Brenner Souka voltou para casa com uma determinação sombria. Ao chegar, ele canalizou a fúria que o envolvia em suas mãos, fazendo a porta da frente explodir em uma chuva de faíscas e madeira. O estrondo ecoou pela casa, acordando seu pai, que rapidamente correu para a sala para entender o que estava acontecendo.

Ao ver Brenner, com seus olhos ardendo em fogo e uma expressão de vingança consumida em seu rosto, o pai de Brenner foi tomado por um medo paralisante. Ele tentou falar, talvez para acalmar o filho ou pedir perdão, mas as palavras morreram em sua garganta ao encarar a figura imponente e incandescente do filho que havia negligenciado e abusado por tanto tempo.

Brenner, indiferente às palavras de seu pai, não desejava ouvir desculpas ou explicações. O ódio que sentia era avassalador, e naquele instante, sua única intenção era retribuir anos de dor e sofrimento. Com um gesto decidido, ele lançou uma torrente de fogo em direção ao pai, envolvendo-o em chamas vorazes que rapidamente consumiram sua carne.

Enquanto as chamas dançavam e o cheiro de queimado se espalhava pelo ar, Brenner permaneceu parado, observando a cena com olhos vazios, desprovidos de qualquer emoção além da satisfação fria de sua vingança. A figura do pai, antes uma sombra ameaçadora em sua vida, agora não passava de um monte de cinzas, um símbolo da libertação de Brenner de anos de abuso.

Este ato, embora libertador em sua essência, deixou Brenner com um vazio ainda maior. Ele percebeu que, mesmo após a vingança, a dor interna persistia. O fogo que o consumia não era apenas um poder destrutivo, mas também uma manifestação de sua própria luta interna, um lembrete de que o verdadeiro inimigo ainda residia dentro de si.

Agora, Brenner enfrentava um novo dilema: como reconciliar o poder destrutivo dentro dele com a necessidade de encontrar paz? A jornada que se desenrolava diante dele seria tanto uma batalha contra o mundo quanto contra si mesmo, e ele precisaria descobrir se havia um caminho de redenção ou se estava destinado a ser consumido pelas chamas que ele próprio despertara.