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♪ Sacrifice - Black Atlass, Jessie Reyes ♪
A atenção de Mon estava fixa nos papéis a sua frente, o relatório que preenchia sobre sua primeira prisão na Polícia era finalizado com êxito quando o diretor assistente do departamento solicitou sua presença na sala dele. Ela tomou o último gole do seu café, incapaz de deixá-lo esfriando sobre a mesa até que retornasse, vestiu seu sobretudo e arrumou os longos fios de cabelo ondulados, que agora caíam suavemente em suas costas, recolheu o celular sobre a mesa e caminhou até a sala do diretor.
Naturalmente, qualquer pessoa em sua posição estaria nervosa ao fazer aquele pequeno trajeto, afinal na maioria das vezes ser chamada na sala do diretor significava que seu futuro estava suspenso por uma linha tênue, seja para algo bom ou ruim. Mas, contudo, nervosismo e ansiedade não faziam parte das características de Kornkamon, sua postura ao caminhar e sua expressão impassível não davam abertura a quaisquer que fossem os sinais de medo, angústia ou receio. Parecia que, não havia espaço para dúvidas em sua essência, nem para conversas fúteis e elogios vazios.
A cada passo mais próxima da porta, mais se tornava urgente a necessidade de suspirar pesado, buscando por paciência e controle. A suspeita, diante de um chefe que lhe tratava de maneira bajuladora desde o seu primeiro dia, era de que uma chuva de elogios partiria dele pela sua recente prisão nesse departamento de Polícia, e tudo bem, isso era de fato um grande feito, mas Mon não estava interessada nos elogios, nem na bajulação, muito menos nas palavras do diretor assistente, independente do que ele planejava lhe dizer.
Depois de respirar fundo, revirar os olhos no processo e ajeitar a gola do sobretudo, Kornkamon se aproximou.
-Me chamou, diretor Richard? - Perguntou depois de dar leves batidas na porta e abrir uma fresta que fornecesse a ela uma visão mínima do diretor.
-Sim, entre Kornkamon. - Respondeu, ajeitando sua gravata no pescoço e sua postura na cadeira.
Os olhos de Mon repousaram sobre a companhia do diretor Richard, infelizmente ela não foi a única a ser solicitada para comparecer a sala dele. Samanun também estava ali, costumeiramente com as mãos dentro dos bolsos de seu terno impecavelmente ajustado em sua estrutura corporal, o paletó aberto e a blusa social livre de uma gravata deixavam a criatura mais irritante de todo o departamento, incrivelmente atraente. Apesar de Mon não nutrir simpatia por Samanun, era impossível não admitir sua exuberante beleza e elegância
-O que ela faz aqui? - Perguntou sem rodeios, sabia exatamente os limites de tolerância do diretor com sua franca aversão a Samanun.
-Chamei a senhorita Samanun, porque tenho algo para ambas. - Ele se pôs de pé, dando a volta na mesa e se aproximando de Mon. - Mas antes, gostaria de parabenizá-la pela sua recente prisão. Certamente é uma sensação nova e eletrizante prender um traficante de grande porte como aquele e como seu diretor eu gostaria de deixar registrado... - Seus olhos desceram até as mãos de Mon, alcançando-as e as segurando entre as suas. - Que fico feliz em tê-la na equipe.
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Punição
Fanfiction•|CONCLUÍDA|• Designadas para investigar uma série de assassinatos envolvendo traficantes de pessoas, Sam e Mon são obrigadas a colocar as aparentes divergências de lado para descobrir quem está por trás desses crimes. "Não se pode combater o mal s...