Cena 7: A Oferenda - Natália Sanchez

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O sol estava se pondo, o ritual iria se iniciar em poucas horas. Era noite de festa no povoado, a colheita tinha sido farta. Preparamos nossas máscaras para espantar os maus agouros. Não gostava das máscaras e nem do maldito ritual, mas não poderia fugir dele. Os costumes devem ser mantidos, era o que diziam os anciões.

A lua cheia brilhava no céu quando o véu entre os mundos foi rompido. Gritos e gargalhadas eram ouvidos entre as árvores, um círculo de fogo ardia no meio da clareira enquanto cantávamos canções em uma linguagem antiga.
Arranhões apareciam por meu corpo enquanto repetia as palavras ditas. Eu precisava resistir até o final ou não sobreviveria, pragas e maldições eram sopradas em meus ouvidos enquanto tentava lutar. Um guincho cortou minha garganta, quando meu corpo desabou ao chão. Uma voz masculina saiu de meus lábios agradecendo a oferenda dessa nova colheita.

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