Coração em guerra

Capítulo 16 1 Mês Depois

Capítulo 16
1 Mês Depois

MT ON

Acordei às seis da manhã enjoado. Já faz um mês que estou assim nessa situação, acho que comi alguma coisa que me fez mal. Tomo um banho, saio do banheiro e coloco uma blusa preta da Lacoste e um short preto da mesma marca, além do meu colete. Pego minha pistola, coloco na cintura, pego meu fuzil e coloco nas costas. Desço as escadas e vou até a cozinha. Na cozinha, sinto o cheiro do café que a Manuela está fazendo. Sinto enjoo de novo, mas estou com muita fome para ligar para os enjoos. Além disso, estou com muito sono e um enjoo fora do normal. Manuela percebe que estou meio enjoado, vê que não estou bem e pergunta:

Manu: Matheus, você está bem, irmão?

Eu: Estou de boa, só estou com sono, fome e enjoado.

Manuela: Vai ao médico, deve ser grave. Se você não fosse homem, eu diria que está grávido. - ela fala rindo.

Sento na cadeira, pego a garrafa de café na mesa e coloco no meu copo.

Eu: Deve ser só um mal-estar, devo ter comido alguma coisa que me fez mal.

Manu: Sei não, hein. Se cuida direitinho, Matheus. - fala, subindo as escadas.

Faço três pães com presunto e queijo para comer junto com meu café com leite. Termino de comer e saio de casa para ir para a boca. Vou de carro porque, por causa das tonturas, a Manuela confiscou minha moto.

Entro no carro, ligo o ar-condicionado e coloco uma música para tocar - "Skunk Achocolatado". Vou cantarolando a música, fazendo um batuque com os dedos no volante até chegar na boca.

Chegando lá, saio do carro, entro na sala e sinto o perfume do LK muito forte, me causando um enjoo absurdo. Ele percebe e se levanta preocupado.

LK: Ei, ei! - fala se aproximando, me segurando, pois quase caí. Começo a me sentir fraco e muito tonto.

LK: Ei, MT, você não tá legal, cara. Vai ao médico, sua irmã já mandou o aviso de que você está passando mal esses dias. - fala sério, me ajudando a sentar no sofá.

Eu: Não, já disse, é só alguma coisa que comi que não estava boa. - falo, me estressando. Não entendo por que todos insistem que preciso ir ao hospital.

LK: Anda, vou te levar nem que seja à força. - fala, me levantando do sofá e me segurando até o carro, enquanto os caras ao redor olham preocupados e perguntam o que tenho.

Gb: Ei, chefia, ele tá com o quê? Quer ajuda para levar ele ao médico? - pergunta o GB se aproximando.

LK: Só me ajuda a colocá-lo no carro que o resto eu resolvo. - fala com o GB, que vai me segurando junto com ele até o carro e me coloca no banco do carona.

Eu: Você é um saco, LK. Já disse que não tenho nada. - falo, estressado.

LK: Só cala a boca, Matheus. Obrigado aí, GB. - fala cumprimentando o GB, que sai enquanto LK dá partida no carro.

Chegando no hospital, vejo a Manuela na recepção. LK tinha ligado para ela ficar comigo no médico e trazer meus documentos.

Ela marca uma consulta para mim e, um tempo depois, meu nome é chamado. Então, vou para a sala, com a Manuela atrás de mim. Entramos na sala e o médico pede que nos sentemos e pergunta o que estou sentindo. Como para mim não era nada, Manu responde explicando o que estou sentindo. O médico disse que iria fazer alguns exames e que, em cerca de 40 minutos, os resultados sairiam.

Eu e Manuela ficamos esperando até sermos chamados de novo.

Doutor: Então, senhor... - demora um pouco para ver meu nome na folha - senhor Matheus, tenho uma notícia surpreendente para você. Os enjoos que você anda sentindo são por causa de uma condição rara que apenas 1% da população brasileira tem. Você foi presenteado com essa condição rara. - o doutor entrega as folhas para minha irmã, que olha e fica de boca aberta, me deixando com medo.

Doutor: Você está grávido, parabéns! Será papai. Sua condição rara é a capacidade de engravidar. - ao ouvir isso, fico em choque.

Saindo do consultório, vejo o LK e o Kael do lado de fora do hospital.

Kael vem até mim e fala:

Kael: Amor, você está bem?

Eu: A gente precisa conversar.

Kael: Ok.

Eu e ele vamos para um quarto, só nós dois.

Kael: O que foi, amor? Pode falar.

Eu: Kael, então... eu tenho uma condição rara e posso engravidar. Nós vamos ter um filho.

Kael fica muito feliz.

Kael: É sério, Matheus? Eu vou ser papai! Sempre quis ter um filho. Caramba, eu vou ser pai. Será que vou ser um bom pai?

Eu: Também estou feliz que vou ser pai.