Desejo ardente

Promessas que não se pode cumprir

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Notas do Autor: Assim como o terceiro capítulo, onde pudemos entender o lado do Taehyung, esse aqui é importante para entendermos o lado do Jungkook, hein. E a música tema do Jungkook é Hard Sometimes do Ruel.

Enfim, isso é tudo e espero que tenham uma boa leitura!

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Taehyung sentia-se preso em uma teia de aranha na qual ele próprio havia entrado, ciente de que agora estava enredado. Ele havia jurado esquecer, afastar-se do pirralho; esse era o plano. Um plano tão frágil e suscetível a ser rompido que, ali estava ele, novamente nos braços de Jeon Jungkook. O garoto gemia contra a sua boca, agarrando os fios da sua nuca com desespero enquanto tinha o corpo nu prensado contra a cerâmica fria e molhada do box do banheiro. As gotas mornas de água molhavam ambos os corpos, e Taehyung estava tão inebriado pelos lábios, pelo corpo e pelo toque de Jungkook que sequer se importava com suas roupas ficando encharcadas.

Se Kim era um demônio descarado, Jeon Jungkook era um anjo caído, um ser que o incitava a realizar todos os atos proibidos. Jungkook o instigava a transgredir cada promessa, a ceder a cada desejo.

Aquilo já havia se tornado uma rotina; talvez por isso, Taehyung já não se importava mais em quebrar sua própria palavra pela milésima vez. Uma semana e meia havia se passado desde a noite em que haviam transado, a noite em que tudo mudara entre eles. Entretanto, ambos eram orgulhosos e pareciam gostar do jogo das provocações e das implicâncias, aguardando para ver quem cederia primeiro. E nesse caso, o jogo parecia ter se invertido, pois Taehyung sempre se via inclinado a perder no duelo de quem desviava o olhar primeiro. Ele era sempre o primeiro a sucumbir à proximidade entre os dois, a ceder aos lábios macios e viciantes do pirralho. Cedia ao pedido dele de ir vê-lo no meio da noite, com a desculpa esfarrapada de que algo no painel de controle digital estava com mal contato e então precisava da sua ajuda para resolver o problema. Isso sempre resultava na mesma coisa: os dois sobre a cama, entre beijos ardentes e gemidos sufocados, em um sexo intenso e árduo.

Taehyung sabia que estava completamente perdido, que Jungkook tinha as rédeas nas mãos e cada vez mais conseguia obter controle sobre si, enroscando-o completamente naquela teia onde, para se livrar, não seria tão fácil como ele esperava que seria. Ele estava totalmente à mercê do garoto mimadinho, enredado na armadilha que ele próprio havia ajudado a montar. E cada encontro com o pirralho só servia para apertar mais o laço ao redor do seu coração e da sua mente, tornando impossível se libertar.

— O que você disse mesmo? — Jungkook perguntou ofegante, sentindo o corpo de Kim prendendo-o contra a parede de cerâmica. Os lábios do engenheiro sugavam e maltratavam a pele branquinha do seu pescoço, deixando marcas visíveis sobre ela.

Kim sequer ligava se deixaria evidentes marcas da sua possessão no pescoço do pirralho. Ele estava enfeitiçado e sedento por tocar, beijar, sentir. Tudo que se tratava de Jeon o deixava estranhamente assim.

— Eu te falei para não me provocar — ele falou contra o ouvido do mais novo, erguendo a mão até o registro do chuveiro, fechando-o.

Jungkook sorriu, deslizando as mãos pelo corpo dele, sentindo as roupas úmidas e o calor que emanava delas.

— E você acha que eu vou parar? — Jungkook desafiou, seus dedos traçando lentamente os músculos definidos do engenheiro.

Taehyung sentiu um arrepio percorrer o seu corpo, cada toque de Jungkook parecia incendiar a sua pele. Ele pressionou o corpo ainda mais contra o do garoto, sentindo a resposta imediata no arquejo que escapou dos lábios do pirralho.