Nota da autora:
Eu tô viva. Desculpem o sumiço...Ainda não tô 100% mas espero que vocês não tenham desistido de mim.| Sakusa Kiyoomi
Saí do bar apressado, as mãos trêmulas e o coração batendo rápido demais.
O ar parecia mais frio lá fora, o que, por um instante, foi um alívio bem-vindo.
Encostei na parede de tijolos da boate e tentei recuperar o controle que escapava por entre os dedos. Mas bastava fechar os olhos para a cena voltar à minha mente
O rosto de Miya enquanto ele mergulhava no prazer, o jeito possessivo que ele tinha de tocar cada pedaço do ruivo, a confiança desafiadora com que me encarou.
Ele sabia o que estava fazendo.
Sabia exatamente o efeito que causava.Respirei fundo, mas o ar gelado não ajudava a apagar a imagem de Atsumu, e eu sentia meu desejo pulsar na pele.
Droga de garoto.
|Atsumu Miya
Deixei Hinata e Kageyama terminarem de se divertir sozinhos e saí a procura daquele maldito gostoso que me fez gozar rápido só pelo jeito que me olhou.
Atravessei o aglomerado de pessoas e encontrei Sakusa parado do lado de fora da boate, afastado, o rosto tenso enquanto olhava para baixo.
A fumaça que saía de sua respiração no ar frio tornava a visão ainda mais tentadora.
Caminhei em sua direção com passos lentos, aproveitando que ele estava com a guarda baixa.
Céus, ele era lindo.
Quando ele finalmente notou minha presença, vi o brilho de desconforto e desejo em seus olhos. Era uma mistura perigosa, que me deixava ainda mais interessado nele.
- Fugindo de mim, Sakusa? — murmurei, a voz baixa e provocadora, aproximando-me o bastante para que ele pudesse sentir meu calor mesmo no frio da noite.
Ele levantou o rosto e me encarou, a expressão indecifrável de sempre.
- Só precisava de um pouco de ar — Ele respondeu tentando me ignorar.
Eu sorri, me divertindo com a maneira que ele tentava, em vão, esconder o impacto que eu tinha sobre ele.
|Sakusa Kiyoomi
Eu deveria ter dado as costas, me afastado. Mas o calor do seu corpo, a intensidade de seu olhar, prendiam meus pés ao chão. Ele chegou ainda mais perto, nossos rostos a centímetros de distância, e o mundo inteiro pareceu se concentrar naquele momento.
- Sabe, Sakusa, você pode correr o quanto quiser — ele sussurrou, os lábios quase tocando os meus — Mas isso só me faz querer mais.
E naquele instante, eu percebi que o jogo tinha mudado dentro de mim.
Eu podia continuar negando, ou ceder e descobrir até onde ele iria. Fechei os olhos, sentindo a respiração dele próxima, e, por um momento, meu autocontrole pendia por um fio.
-Você é irritante. - Resmunguei baixo, fazendo ele sorrir de volta.
Havia algo na maneira como Atsumu me olhava que me deixava inquieto.
A confiança dele era quase palpável, e o jeito que ele se movia...provocador, desafiador...era um problema.
—Estou louco para saber se vai continuar com esses xingamentos quando eu estiver sentando em você. — Ele respondeu, com uma confiança tão descarada que me fez rir.