Prólogo

64 4 7
                                    

- Filha para onde você vai? - pergunta meu pai ao me ver saindo pela porta.

- Vou para a casa do Rick pai.

Rick é o meu noivo perfeito. Ele é tudo pra mim. Nós nos conhecemos desde pequenos. Começamos a namorar quando eu completei 15 anos. Ele nesse tempo tinha seus 17 anos.

Saio pela porta e pego meu carro. Sim eu dirijo, mesmo que meu pai seja totalmente contar isso. Ele sempre fala "Eu pago o motorista é pra lhe levar para os locais e não para ficar dormindo enquanto você saí de carro por aí". Eu sei. Ele é muito dramático, mais fazer oque? Ele é meu pai acima de tudo.

Coloco as chaves no carro e ligo o som. O rock do AIRON MAIDEN começa a tocar e assim saio pelas ruas de New York.

Chego no apartamento do Rick 45 minutos depois. Ele não mora longe. Mais New York é New York. Peguei um baita de um trânsito.

Passo pela portaria e adentro a garagem do prédio. Saio do mesmo e pego o elevador. Digito o código para a cobertura e assim espero o elevador chegar a cobertura com os pensamentos aos ventos.

O Rick é perfeito pra mim. Ele é lindo, rico, não me importo com dinheiro ou classe social; é um homem de caracter e muito respeitador. Trabalha muito. Seu pai é um grande empresário do ramo da tecnologia e ele trabalha como Desenvolvedor Tecnológico que foi a área em que ele se formou.

O elevador para e aquela zoadinha que ele faz, me indica que cheguei a cobertura. Saio do mesmo e entro no apartamento do Rick com a chave extra que eu tenho.

Passo pela sala, cozinha e não o vejo. Vou em seu escritório e não o encontro por lá. "Deve de tá no banho. Já era para ele ter chegado" penso e assim sigo para seu quarto. Quando me aproximo da porta escuto alguns gemido e paro instantaneamente. "Não. Eu tô escutando coisas. Isso não pode tá acontecendo. "

Me encosto na porta para ouvir melhor e nesse momento sinto um aperto no peito. Preferia ser atropelada a ter que ouvir isso:

- Vai Yana. Faz o que só você sabe fazer - essa voz eu sei que é do Rick.

- Claro amor. - Amor? - Só eu sei te proporcionar esse prazer. Isso é algo que nem aquela puta da sua noiva um dia poderia proporcionar - lo.

- Só você mesmo amor. Só estou com ela por causa da herança que ela irá herdar do pai...

Nesse momento não escuto mais nada. Sou incendiada por pensamentos de tudo que vivemos, as viagens que fizemos, os momentos que compartilhamos juntos. Eu me entreguei para ele de corpo e alma. Ele foi meu primeiro homem... Meu primeiro amor. O único ao qual tive coragem de me entregar e é assim que ele me agradece.

Depois de não sei quanto tempo não consigo mais segurar a vontade que tenho de estragar esse momento, então, abro a porta com tudo e entro no mesmo pisando duro.

- ENTÃO VOCÊ SO ESTÁ COMIGO POR CAUSA DO DINHEIRO? - grito e o encaro.

Ele está deitado na cama nu, com a vagabundo em cima dele também nua. Quando me vê se assusta e a tira bruscamente de seu corpo a jogando na cama e vindo correndo ao meu encontro.

- Não. Meu amor eu posso te ex...- não o deixo terminar de falar. Dou - lhe um belo de um tapa em sua cara, deixando a marca de meus dedos no mesmo. Ele coloca a mão sobre o rosto onde eu bati e me encara assustado.

- Não ouse querer se explicar. Não quero ouvir nada de você. - estou com tanta raiva que não consigo nem se quer derramar uma lágrima - Eu o querer longe de mim. Da minha família. - tiro o anel de meu dedo e o jogo no chão - ACABOU. NAO QUERO NUNCA MAIS TE VER NA MINHA FRENTE.

Me viro em direção a porta e ele me segura pelo braço.

- Elena você não irá sair daqui dessa forma. Eu te amo. Isso aqui é tudo um mal entendido. Ela que veio me agarrando e...

Não consigo mais prestar atenção no que me é falado. Não posso nem sequer reconhecer o homem à minha frente. O Rick que eu conheço nunca mentiria para mim. E é justamente isso que ele está fazendo. Como ele me ama e me traí? E ainda vem com essa conversa de que ela o agarrou. Isso já é um tipo de cliché entre homens que são pegos no flagra.

O encaro ainda com ele falando e me pronuncio de forma fria e dura o enterrompendo.

- Já terminou de se explicar? Tenho bufê, salão de festa, roteiro de viagens e muito mais para desmarcar. - falo me referindo aos preparativos para o casamento.

- Elena você não pod...

- Eu não só posso como estou fazendo Rick - o enterrompo - Agora se me der licença. Tenho coisas para fazer e não quero atrapalhar a noite de vocês.

Ele me olha assustado e não me solta, o que faz com que eu puxe meu braço bruscamente o tirando da prisão que estavam sendo seus dedos envolta dele. Ando em direção a porta e antes de sair dou uma olhada rápida para ele.

- Tenho pena de você Rick. Tão imaturo. Vai se dá mal ainda. - passo o olhar dele para a vagabunda jogada sobre a cama, onde está ainda não tinha se pronunciado - E de você querida, tenho mais pena ainda. Você é só mais uma das quais meu ex noivo deve pegar para usar de vez em quando. - sorriu irônica - Mais pode ficar com ele. Fique com o meu resto.

Com essas palavras viro a cara e saio de lá correndo. Eu ainda o ouso gritar e escuto seus passos apressados para me acompanhar. Mais era tarde demais, eu já estava no elevador a caminho da garagem.

Dentro do elevador me permito chorar tudo o que não quis chorar na frente dele. "Não acredito que ele fez isso comigo. Eu confiei tanto nele... "

Saio do elevador quando o mesmo para na garagem e coro para meu carro. Ligo ele as pressas para que quando o Rick chegasse a garagem não me encontrasse na mesma.

Saio dirigindo pelas ruas de New York sem rumo. Atordoada.

"Eu não vou ser mais boba. Ele vai ser só mais um na minha vida. Não o amo mais. Nem sei se um dia o amei... A única coisa que eu sei é que não vou me deixa levar mais pelas as aparências das pessoas. Não quero mais saber de caráter, respeito, bondade. Nada mais de ser a menina boazinha e inocente. Agora serei outra Elena. Uma Elena decidida, até mesmo fútil. Que só liga para bens matérias e nunca irei deixar me abalar por alguém."

#_#

Além da Classe SocialOnde histórias criam vida. Descubra agora