Desde de criança eu ouvia minha mãe falar que sempre que algo bom ou ruim está para acontecer nós mulheres temos um pressentimento, um sexto sentido como muitos o chamam. Nunca acreditei nisso... Sempre achei que isso era uma simples ilusão.
Eu não sei o que me fez vim até aqui, de me oferecer para ajudar um morador de rua, só sei que eu sinto que algo irá acontecer... Só não sei o que!
- O que você quer? - escuto alguém a falar com ignorância. "Grosso! Argg"
Olho mais detalhadamente para a pessoa a minha frente. Tirando a sujeira de seu rosto, lavando esse cabelo ensebado até que dá um belo rapaz.
"Realidade! Cadê você? Não me abandone e me faça pensar besteiras!" - penso comigo mesma.- Eu queria saber se você está à precisar de algo. Posso lhe ajudar se precisar. - sorriu educada, mais o que vejo em seu rosto é o contrário do que pensaria em ver.
Em seu rosto eu vejo raiva, desconforto, misturas de sentimentos.
-Eu não preciso de nada. Na verdade não vejo motivo algum da burguesinha aí está aqui.
- Bem...- paro um pouco para pensar em uma desculpa plausível - É... Eu estava indo para a loja da minha amiga e lhe vi aqui com um cobertor tão fino e pensei que poderia está à sentir frio - isso não é mentira. Foi exatamente isso que aconteceu.
Ele olha para mim como se eu fosse um extraterrestre e gargalha exageradamente alto. Eu apenas o olho seria.
"Maluco... Maluco... Maluco"- Então quer dizer que a burguesa estava passando e simplesmente decidiu fazer uma boa ação hoje e veio então me importunar? - pergunta ele com tom de deboche.
- Primeiro, eu não chamaria isso de boa ação, mais sim de uma ajuda caridosa. Segundo, eu não estou a te importunar, apenas lhe fiz uma pergunta.
- Pergunta essa que já respondi. Então você poderia se retirar?
- Mas... - sou interrompida por ele.
- Mas nada garota. Saia daqui agora - fala quase a gritar.
- O Central Park é público - falo com o mesmo tom de deboche que antes era ele que o usava.
- Eu não irei falar novamente. Se retira daqui - fala tentando parecer calmo, mais seus olhos demonstram o quanto ele está bravo. "Só não sei porque essa raiva. Haha"
- Eu irei embora. Mais eu volto!
- Garota sai logo e não volte mais aqui.
- Não sigo regras baby - sorriu e lhe viro as costas indo definitivamente para a loja da Jenny.
Escuto ele a resmungar ainda. Mais não dou importância.
Era só o que me faltava acontecer. Um morador de rua convencido e mandão. Eu fui para ajudá-lo e ele vem com 7 pedras para cima de mim. Isso não irá ficar assim.
Eu sou Elena Parker e ele não perde por esperar. Não sou de levar desaforo para casa.
(...)
- Elena sua sumida - fala Jenny quase gritando quando eu adentro sua loja.
- Jenny amiga - corro e lhe abraço apertado.
- Isso é que é saudade - ela rir e me retribuo o abraço.
- Não seja covencida. Sabe que faz falta e não nos falamos a muito tempo.
- Eu sei... Eu sei... - ela me abraça um pouco mais forte e logo depois quebra o abraço e vai andando em direção do seu escritório - Vamos para nosso "Refúgio".
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Além da Classe Social
RomanceLinda, rica, poderosa e desejada por todos. Essa é Elena Parker, uma jovem de 22 anos, filha do magnata do petróleo Erick Parker. Ela foi criada com todas as regalias que alguém pode sonhar em ter. Foi mimada por toda a família. Oquê tem de bonita...