4° Capítulo

28 1 0
                                    

Já me acostumei com essa cena: Acordar na cama de um estranho com as roupas jogadas pelo quarto, enquanto estou nua abaixo dos endredons.

Mas a cena que eu vi hoje não é a abtual para um sábado.

Eu estou apenas a observar o meu quarto. Se hoje fosse um dia de semana com toda a certeza eu não estranharia, mas sendo um fim de semana é estranho acordar em minha cama.

Geralmente, as sextas-feiras são bastante animadas. Não irei dizer que não sai e tentei sim acordar como sempre, mas simplesmente não consegui. Não que eu não tenha tido um pretendente para passar a noite, pelo contrário tive diversos pretendentes, mas quando chegava a hora "H", como falam, eu travei.

Não conseguia tirar de minha mente o sorriso daquele mendigo. O olhar brilhante dele.

Desde a semana passada eu não penso em mais nada. Sua imagem não some de meu pensamento. Até de suas palavras rudes eu sinto saudade. E quando ele me chama de "burguesinha" meu corpo acende, é um apelido que pode parecer preconceituoso, mas para mim é um apelido exitante.

Descido ir no Park novamente. Pulo de minha cama e vou correndo para o banheiro, dispo-me e entro na água.

Só posso estar louca, ir no Central Park apenas para ver um ser que não faço a mínima ideia se é ou não um criminoso. Ele pode ser apenas mais um dos diversos drogados, usuários de drogas, que existem por ali.

Em alguns lugares do Park existe pessoas comercializando, ele pode ser apenas um comprador ou o próprio comerciante.

Balanço minha cabeça em negativa afastando esses pensamentos e saio do banho, vou para meu closet e começo a me vestir: vestido cinza com babadinhos na barra, meigo. Sapatilha preta e bolsa preta. Maquiagem feita, perfume passado, acessórios arrumados, pronta para sair.

Sorriu com o meu próprio reflexo no espelho.

"Yeah, Yeah, pronta para matar!"

Desço para o andar debaixo e vejo meus pais a mesa, prontos para o café da manhã.

- Oi amores da minha vida - falo toda sorridente sentando na cadeira de meu costume, sendo logo servida por Agatha, a ajudante de minha mãe. Não gosto da palavra "empregada".

- Acordou feliz hoje querida! - minha mãe fala enquanto toma seu chá. Limito-me a apenas sorrir.

- A que se deve tanta alegria filhota? - pergunta meu pai.

- A nada papai. Estou apenas feliz e ponto - sorriu e começo o meu café da manhã.

- Irá sair?- pergunta minha mãe olhando na direção de minha bolsa.

- Sim. Irei atrás do futuro! - eles olham-me confusos, mas sabendo como sou reservada, preferem ficar em seus lugares e não me importunar com perguntas que não desejo responder.

(...)

Pessoas conversam, crianças pulam, gritam, correm; pelo Central Park.

New York é uma cidade ótima pra se viver, mesmo com toda a movimentação, perigo, aqui sem dúvidas foi um ótimo lugar para eu crescer.

Ando calmamente pelo Park, em direção ao banco em que o vi.

Por hoje ser sábado, a muito movimento por aqui.

Quando chego em frente ao banco, me decepciono. Ele não está aqui, ele não está aqui.

"Vamos ser sinceras Elena, não é como se ele fosse ficar à esperar que vinhe-se" - ralha meu sub-conciente e eu tenho que concordar com ele.

Além da Classe SocialOnde histórias criam vida. Descubra agora