anoiteço amanheço na cama
fingindo que estou dormindo
me virando de lado, de costas,
do avesso, de ponta cabeça.é uma inquietação inquilina
de metamorfosear-se de novo
em um inseto monstruoso,
adormecido, largado as traças.adormeço eternamente entre
lençóis e travesseiros quentes
renegando a vida e a morte.no dia seguinte acordei morta,
de luto no meu próprio velório,
(a minha festa de aniversário)