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Ava

Eu não sei como me sinto no meio de tudo isso
Sempre fui desse jeito e nada mais

Pode dizer que sou mimada pela minha família me sim eu sei e amo isso

Nunca fui uma menina de sonhar com o príncipe encantado nunca precisei ser resgatada
Sei que várias garotas na minha idade já são casadas e tem filhos é a máfia não tem pra onde correr
Não quero nada disso

Meu pai respeita minha decisão acho que é mais a vontade dele também

O don quebrou muitas leis só pra impedir que tivesse o mesmo destino que muitas garotas da minha idade pode soar egoísta mas agradeço muito por ter feito

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Ava estava em seu quarto, envolta por uma música suave, enquanto se admirava no espelho. O ambiente era um refúgio de luz suave, refletindo as nuances do dia que se esvaía. Seu vestido de azul profundo, quase como a noite que se aproximava, realçava seus olhos vibrantes, e o cabelo, em ondas sutis, descia pelos ombros, refletindo uma elegância natural. Ela sorriu para si mesma, inspirando confiança, como uma jovem que tinha o mundo a seus pés.

— Você está deslumbrante, Ava! — murmurou, admirando seu reflexo. — Não sabe nem para onde vai, mas quem liga?

Com um suspiro satisfeito, Ava deu o toque final à maquiagem, destacando suas feições, e desceu as escadas com passos leves. O ar estava carregado de um perfume floral que lembrava primavera, mas havia uma tensão invisível no ambiente, como um presságio. Ao chegar ao final, quase esbarrou em Vittório Bianchini, que estava parado, analisando-a com um olhar enigmático e divertido, como um predador avaliando sua presa.

— Se não é a grande Ava, toda arrumada! — comentou ele, seus olhos carregando um brilho irônico que não deixava dúvidas sobre sua natureza. — Tem alguma festa que eu não saiba?

Ava revirou os olhos, trocando o sorriso animado por uma expressão de desagrado. — E você? O que faz aqui todo arrumado? Não que eu me importe.

Vittório deu um passo à frente, o sorriso afiado contrastando com a seriedade de seu olhar. — Você está... linda, Ava. Sério. Nunca vi nada igual.

Ava sentiu as bochechas corarem; era um elogio inesperado e, pela primeira vez, sem sarcasmo. Mas a insegurança logo se instalou. — O que você quer? — questionou, tentando disfarçar a surpresa, sabendo que a natureza dele nunca era desinteressada.

— Só admirando a vista — disse, ainda com aquele sorriso provocante, mas com uma intensidade que a deixava desconcertada. Por um instante, ela não sabia o que pensar, como se estivesse sendo analisada como um experimento.

Vittório riu, percebendo a confusão dela. — Vamos, Ava, todos estão esperando.

Enquanto caminhavam até a entrada, Ava notou que sua família já estava reunida, todos prontos para sair. Seu irmão, Noah, geralmente brincalhão, estava sério e distante, como se algo o incomodasse, mas ela não tinha certeza se era por causa de Kira, sua noiva, ou se havia algo mais.

— Ei, Noah! — chamou Ava, tentando descontrair. — Para onde estamos indo?

Ele a olhou brevemente, mas não respondeu, mantendo o olhar fixo à frente. A expressão dele deixou Ava desconfortável, e um arrepio a percorreu. Além disso, do lado de fora, ela viu Sasha esperando junto aos outros, com uma expressão entediada. Sasha, que a pediu em casamento, estava ali, e isso incomodava ainda mais Ava. E pior, Vittório, que odiava Sasha, não disfarçou o desgosto.

Ela notou quando ele lançou um olhar afiado a Sasha, o maxilar travado e os punhos cerrados. — Sério? Ele tinha que vir? — murmurou Vittório, com um tom de desprezo que a fez sentir uma mistura de ansiedade e expectativa. — Como se essa noite não pudesse ficar mais irritante...

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⏰ Última atualização: Nov 03 ⏰

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