-8-Campo Magnético

309 24 16
                                    

Será que existia alguém como eu? Eu realmente não gostava de aniversários. Para mim, era um sofrimento sem fim.

O dia em que eu ficava paranóica com surpresas estranhas e inesperadas do P' Tay, que no ano passado trouxe um enorme buquê de flores para a minha sala de aula.

O dia em que eu tinha que fugir da Gangue Candy e da Nong Cream, pois eu não queria a atmosfera festiva com balões coloridos e fogos de artifício em arco-íris que eles traziam para este dia.

O dia em que eu tinha que levar coisas e presentes para casa. Eles ficariam tristes se eu deixasse os presentes para trás...

Mas quem no mundo poderia evitar isso? Os aniversários chegavam de qualquer maneira. No entanto...

Esse aniversário de 16 anos era diferente.

Desde a feira de ciências, mesmo sendo pouco ligada a esse assunto, eu sabia que alguém não gostava de ver pessoas se aproximando de mim. Eu não ligaria, se não fosse o Pheem.

— Por que tantas coisas logo de manhã, Ky?

Pock não me cumprimentou com desejos de aniversário como todos que encontrei nesta manhã. Ela me ajudou a carregar todas as coisas para dentro de uma sacola grande que eu preparei para hoje.

— Encontrei o grupo dos alunos do nono ano esperando no portão dos fundos da escola. Normalmente eu entro pelo portão da frente.

— Ah, é verdade, é seu aniversário. Que você prospere em idade, beleza, felicidade e força.

— Ahm, obrigada, Pock.

— Então, você tem que tomar muito cuidado este ano. Não vá por aí encantando ninguém. Ou a Pheem vai te enforcar.

Poradee avisou com hesitação, olhando para os lados... como se estivesse com medo de que alguém pudesse ouvir.

— Eu normalmente faço isso? Encantando todo mundo?

Pock bateu na testa como se estivesse pensando, mas eu sabia que não estava. Ela só estava fingindo.

— Como eu posso dizer isso? Você não faz, mas como seu comportamento e sua expressão são normalmente sérios...

— ...e?

— Você é atraente.

— Ah, você acha que eu deveria ser um pouco mais atrevida?

— Escute bem, Ky.

"..."

Pock segurou meus ombros, me virou para ela, cara a cara. Suas sobrancelhas grossas e franzidas e aqueles olhos inocentes agora estavam sérios.

Quando minha amiga estava séria, eu tinha que ouvir com atenção.

— Eu. Não sei.

— ...!!!???

Primeira fase.

O intervalo para o almoço era uma hora perigosa. Pock e eu planejamos almoçar o mais rápido possível antes de nos escondermos na biblioteca. Assim que o sinal tocou, ambas apressamos o passo.

Mas... já era tarde demais.

O som de um violão foi ouvido do lado de fora da sala... era o Sr. Pitipat, ou P' Tay, e sua banda. Este ano, ele fez algo ainda maior que no ano passado. Agora, ele tinha um amigo segurando o violão enquanto o outro carregava um grande buquê de flores.

A banda dele apareceu, tocando uma versão de rap da música. Parabéns para Ky.

"Yah yah eu sou o PT... [yah yah eu sou o PT]

Somewhere somehow - Pt-Br versão (Amostra)Onde histórias criam vida. Descubra agora