𝐴𝑚𝑜𝑟 𝑒𝑚 𝐹𝑒𝑖𝑡𝑖𝑐̧𝑜 ▪ 𝐽𝑜𝑛𝑔𝑠𝑎𝑛𝑔

𝘖 𝘋𝘪𝘢 𝘥𝘢 𝘋𝘦𝘤𝘪𝘴𝘢̃𝘰

O dia havia chegado, e a cidade se encheu de murmúrios nervosos enquanto os cidadãos se preparavam para testemunhar o que pensavam ser a justiça. No centro da praça, uma fogueira imponente já estava montada, as chamas dançando ao vento, preparadas para consumir o corpo do que consideravam um bruxo. Yeosang, preso, caminhava em direção ao seu destino, com a mente cheia de incertezas, mas a esperança ainda pulsando em seu coração.

O rei estava em um trono elevado, observando a cena com um semblante satisfeito.

- Cidadãos, hoje assistiremos à queda do bruxo! Que a justiça prevaleça! - Ele ergueu a mão, e os aplausos ecoaram pela praça, misturados a gritos de encorajamento.

- Queime-o! Queime-o! - as vozes da multidão se elevaram, ansiosas pela execução.

Quando Yeosang foi levado para a fogueira, seus olhos se cruzaram com os de Jongho, que estava à distância, o coração despedaçado e a raiva fervendo dentro dele. Ele sabia que precisava agir, mas a presença do cavaleiro e a vigilância do rei tornavam tudo mais difícil.

Enquanto os guardas amarravam Yeosang em um poste no centro da fogueira, um murmúrio se espalhou pela multidão. Yeosang estava com os olhos fechados, aceitando seu destino. Foi então que um movimento rápido chamou a atenção de Jongho. Hongjoong, um amigo próximo de Jongho e um guerreiro corajoso, se aproximou da fogueira, decidido a fazer algo.

- Espere! Não façam isso! - Hongjoong gritou, correndo em direção à fogueira.

- Hongjoong, não! - Jongho gritou, mas era tarde demais. Hongjoong pulou na fogueira, tentando soltar as cordas que prendiam Yeosang. O calor das chamas o queimou, mas ele não se importava.

- Eu não deixarei que isso aconteça! - ele declarou, seus olhos ardendo com determinação.

As chamas começaram a lambê-lo, mas com um último esforço, Hongjoong conseguiu soltar as amarras de Yeosang, que olhou surpreso.

- Você... você me salvou! - Yeosang exclamou, a incredulidade e a gratidão transbordando de sua voz.

A multidão ficou em choque, os aplausos cessaram instantaneamente, e o rei se levantou furioso.

- Prendam-no! Façam-no pagar por sua insubordinação! - ele gritou, a raiva pulsando em suas veias.

Seonghwa, que estava próximo, correu em direção a Jongho, percebendo o que estava acontecendo.

- Jongho, você não pode fazer isso! Isso é traição!

- Eu não posso deixar Yeosang morrer! - Jongho respondeu, a paixão em sua voz ecoando no ar.

Os cidadãos, agora divididos, começaram a aplaudir Hongjoong, reconhecendo sua bravura.

- Hongjoong! Hongjoong! - gritaram, sua adoração pela coragem do guerreiro superando a vontade do rei.

Yeosang, finalmente livre, olhou para Jongho com olhos cheios de esperança.

- Precisamos sair daqui! Rápido!

Mas antes que pudessem fazer qualquer coisa, Seonghwa tentou bloquear o caminho de Jongho.

- Pare! Você não pode levar o bruxo!

Jongho o ignorou e, segurando a mão de Yeosang, começou a correr. No entanto, a fumaça da fogueira e o calor da chama tornaram tudo mais difícil.

Seonghwa, em um último esforço, lançou-se contra Jongho, mas já era tarde demais. Os dois estavam rápidos demais, e, em um movimento ágil, eles escaparam do alcance dos cavaleiros, que ficaram atônitos com a audácia da cena.