006

4 0 0
                                    

                                𝑅𝐸𝐹𝐿𝐸𝑋𝑂̃𝐸𝑆 𝑁𝑂𝑇𝑈𝑅𝑁𝐴𝑆                                                   -𝟎𝟔-

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

𝑅𝐸𝐹𝐿𝐸𝑋𝑂̃𝐸𝑆 𝑁𝑂𝑇𝑈𝑅𝑁𝐴𝑆
                                         -𝟎𝟔-

𝑶 𝑪𝑬́𝑼 lá fora já estava escuro quando Celeste finalmente se dirigiu ao dormitório, sem sequer passar pelo Salão Principal para o jantar. O cansaço dos estudos e o peso de seus pensamentos a fizeram subir direto para o quarto, onde a tranquilidade a envolveu no instante em que fechou a porta atrás de si.

Ela tirou o casaco, jogando-o sobre a cadeira próxima, e se deixou cair na cama, com os braços abertos, encarando o teto. O encontro com Regulus ainda estava fresco em sua mente: a maneira como ele a olhava em silêncio, como a seriedade dele parecia esconder algo mais. Em um mundo onde todos estavam constantemente falando sobre si mesmos, havia algo intrigante em alguém tão reservado.

Nos últimos dias, a biblioteca se tornara mais do que um simples local de estudos; era um refúgio onde ela podia ver um lado diferente de Regulus. Um lado que poucas pessoas, talvez, conheciam. Celeste se perguntou se estava começando a entender um pouco mais sobre ele. No entanto, isso a fazia questionar algo mais — por que estava tão interessada?

Suspirando, fechou os olhos, tentando afastar essas dúvidas. Mas uma nova preocupação tomou conta de seus pensamentos. Fazia dias que não falava com os Marotos. Remo, Tiago, Sirius... Parecia que ela estava distante, como se uma parte de sua rotina com eles tivesse se dissolvido. Era estranho perceber isso agora, como se só tivesse notado ao deitar ali, sozinha no quarto. Um leve incômodo a atingiu. Será que eles notaram?

Perdida nessas reflexões, ela quase não percebeu a batida suave na porta, mas se sobressaltou levemente quando ouviu o som. Antes que pudesse reagir, a porta se abriu devagar, revelando Pandora, que carregava uma bandeja com comida e um sorriso suave.

— Sabia que você ia esquecer de jantar — disse Pandora, colocando a bandeja cuidadosamente na cama ao lado de Celeste. — E senti sua falta lá no salão. Você mal apareceu nos últimos dias.

Celeste se ajeitou na cama, surpresa e grata pela presença da amiga. O cheiro da comida, que ela não percebera estar sentindo falta, de repente pareceu reconfortante.

— Obrigada, Pan. — Ela deu um sorriso, mas havia um toque de hesitação. — Acho que... perdi a noção do tempo na biblioteca.

Pandora puxou uma cadeira e sentou-se, cruzando os braços enquanto a observava, com uma expressão que Celeste conhecia bem: a curiosidade de Pandora nunca passava despercebida.

— Pois bem... então, o que tem para me contar? — Pandora inclinou-se para frente, com um brilho travesso nos olhos. — Quero saber tudo sobre Regulus Black. Você não acha que esse mistério todo vai funcionar comigo, acha?

Celeste revirou os olhos, tentando esconder o leve rubor que coloriu seu rosto. Era um assunto complicado, até para ela mesma.

— Não tem nada para contar, Pandora — começou, pegando um pedaço de pão da bandeja. — Ele só é... um colega de estudos. Estamos nos ajudando com os N.O.M.s, só isso.

Pandora arqueou uma sobrancelha, claramente não convencida, e deu uma risada baixa.

— Só isso? Vocês estão se encontrando na biblioteca quase todos os dias, e é "só isso"? — Pandora apoiou o queixo nas mãos, parecendo se divertir. — Eu conheço você, Celeste. Tem algo mais aí.

Celeste suspirou, procurando as palavras.

— Ele é... diferente do que eu imaginava. — A confissão escapou antes que ela percebesse. — Quer dizer, ele tem uma seriedade, um jeito de... esconder o que sente. Mas ao mesmo tempo, parece que ele carrega um peso. Algo que ninguém mais vê.

Pandora a olhou com atenção, sem o sorriso brincalhão de antes.

— E você quer ajudá-lo com isso?

Celeste deu de ombros, hesitante.

— Eu... acho que sim. — Ela desviou o olhar para a janela, onde as sombras da noite dançavam. — É como se, por um momento, ali na biblioteca, eu pudesse ser alguém que entende... alguém que ele não precisa fingir para impressionar.

Pandora sorriu levemente, assentindo.

— Talvez seja exatamente o que ele precisa. Alguém que o veja como ele é, e não como esperam que ele seja.

Celeste riu, um pouco nervosa.

— Mas você está imaginando demais, Pan. Eu só... só acho que ele é um bom colega de estudos, e nada além disso.

Pandora deu de ombros, ainda sorrindo.

— Se você diz... — fez uma pausa, mas antes de sair, lançou-lhe um último olhar. — Mas não se esqueça, Cel: as melhores amizades começam assim, de um jeito inesperado.

Quando Pandora saiu, deixando-a sozinha com a bandeja e seus pensamentos, Celeste se deitou novamente. Talvez Pandora estivesse certa, ou talvez estivesse lendo demais na situação. No entanto, naquele instante, com a quietude da noite a envolvendo, ela percebeu que suas tardes na biblioteca não eram mais apenas para estudar. E, talvez, isso fosse algo com o qual teria que lidar mais cedo ou mais tarde.

𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨:

𝘷𝘰𝘵𝘦𝘮!! 𝘦́ 𝘮𝘶𝘪𝘵𝘰 𝘪𝘮𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘮𝘪𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂𝘴 𝘷𝘰𝘵𝘦𝘮 𝘦 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦𝘮 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘨𝘰𝘴𝘵𝘢𝘳𝘪𝘢𝘮 𝘥𝘦 𝘷𝘦𝘳 𝘢𝘰 𝘥𝘦𝘤𝘰𝘳𝘳𝘦𝘳 𝘥𝘢 𝘩𝘪𝘴𝘵𝘰́𝘳𝘪𝘢!

𝙏𝙃𝙀 𝙋𝙍𝙊𝙋𝙃𝙀𝘾𝙔, régulos black.Onde histórias criam vida. Descubra agora