Meu Vizinho é um Vampiro..!?

....

[Nick]

       Alana foi embora duas horas depois que Allan saiu do apartamento. Me deixando totalmente sozinho.
       Fiz algumas coisas em casa, e terminei umas 18h horas por aí. Tomei meu banho e fiz um pipoca para comer.
       Me sentei no sofá e coloquei uma série pra assistir. Até que meu celular começa a tocar no balcão da cozinha, me levanto e atendo:

       - Alô? - pergunto, enquanto me sento novamente. Ouço apenas uma respiração de fundo. Até que uma voz finalmente sai.
       - "Oi Nick" - reconheço a voz no mesmo instante. É o meu pai, ele está fora da cidade faz um tempo. - "Como vai? E a faculdade?" - ele pergunta.
       - Estou bem pai, sobre a faculdade a mesma coisa de sempre, estou apenas estudando - respondo, sem entender muito o motivo da ligação. Já que ele não tem esse costume.

       - "Bom, eu liguei pra dizer que provavelmente vou voltar semana que vem para a cidade.." - ele diz. E suas palavras ecoam pelos meus ouvidos. Por que isso tão de repente..!?
       - Como assim..!? - digo quase em espanto, mas, tento me controlar.
       - "Bom, eu preciso voltar, tenho negócios para resolver aí.." - nesse exato momento, eu apenas consigo me lembrar de Allan e o que ele passou. - "Onde está morando?" - ele pergunta, me trazendo de volta do transe.

       - No mesmo apartamento de antes.. - respondo quase sem voz.
       - "Tudo bem, quando eu chegar aí, eu resolvo sobre onde vou ficar. Tenha uma boa noite. - ele diz antes de desligar, sem esperar a minha resposta.

       A sua volta tão repentina, seria por causa do Allan!?
       Ele sabe que ele tá vivo..?
       Eu preciso falar sobre isso pro Allan!!

......

       Me levanto sem pensar muito, e saio do meu AP, indo em direção ao do Allan. Bato na porta umas duas vezes, mas, ninguém atende. Isso me deixa frustrado e começo a bater mais forte. Até que ouço passos vindo até a porta.

       A porta se abre e vejo Aiko, minha expressão é instantaneamente de questionamento do porquê dela estar ali. Ainda mais, na casa do Allan. Depois deles terem terminado e brigarem.

       - Cadê o Allan? - digo, querendo entrar com tudo no apartamento.
       - Calma estressadinho, ele tá aí - ela aponta pra dentro do AP. Dou um impulso para entrar, mas ela coloca a mão no meu peito fazendo em parar. - Você não vai falar com ele! - ela diz, e eu sinto uma raiva crescer.

       - E por quê não? - questiono.
       - Ele tá mal, beleza. isso é tudo culpa SUA humano, você deveria ter ficado longe dele quando eu falei! - ela diz me empurrando para longe da entrada. - Agora o seu papaizinho tá vindo pra cá, e o Allan não tá nada bem - ela diz, e sua expressão é de raiva e repulsa.

       - Olha garota, eu sei que você gosta do Allan e quer protegê-lo a todo custo, mas, entenda que eu não tenho nada haver com o que aconteceu! - digo, e ela fecha a porta atrás de si.
       - Não quero saber se você tem ou não haver, quero que fique LONGE do Allan! Ouviu bem ou quer que eu repita? - ela diz, e eu repenso muito antes de fazer alguma merd@.

       - Tudo bem garota, mas, eu não vou desistir tão fácil. Eu vou falar com ele ainda! - digo.
       - Isso é o que veremos humano! - ela diz, entrando no AP.

       Essa garota é uma arrogante de merd@!
       Mas, eu ainda vou falar com o Allan, e ela não vai me impedir!

......

[Allan]

       Acordo meio atordoado de sono, vejo que não tem ninguém no meu quarto. Sinal que estou sozinho.. Me mexo um pouco na cama, e finalmente levanto depois de alguns minutos.
       Vou até o meu banheiro lavar o rosto, e finalmente saio do quarto. Passo pela sala e vou direto pra cozinha. Sobre a mesa, vejo um bilhete e o meu café da manhã preferido.
       Pego o bilhete e leio:

     " Para o meu querido amorzinho, se alimente e vá para a faculdade. Sai por um tempinho, mas logo voltarei!"

                                                                                                    Ass: Amor da sua vida

       Após ler, percebo claramente que foi a Aiko. Aquela mina é maluca!
         
       Me sento na mesa, e começo a comer. Sei que foi feito pela Aiko, mas ainda sim, é comida. Não posso desperdiçar.
       Termino a refeição, e vou me arrumar para a faculdade.

......

[Aiko]

      Depois de ter saído da casa do Allan cedo, fui saber mais informações sobre o pai do Nick.
      Como o Yuki é influente e está sempre por dentro dessas coisas, sempre o procuramos para saber sobre os nossos caçadores.
      Chego no lugar, que é tipo uma empresa que vende informações sobre caçadores e pessoas poderosas.
       Passo pela entrada e vejo várias pessoas com as caras enfiadas nos computadores, até que Yuki me avista:

       - Olha quem apareceu - ele diz irônico, vindo na minha direção. Parando na minha frente.
       - Quero saber de tudo sobre o pai do Nick, TUDO mesmo! - digo sem enrolação.
       - Calma, não dá nem um "Oi" primeiro - ele diz. Eu apenas não respondo e ele vai direto ao ponto. - Beleza então, bom, vamos sentar primeiro - ele aponta e eu o acompanho.

       Nos sentamos em um sofá na sala dos fundos. Então, ele me entrega um envelope marrom:
       - Bom, aí tem todas as informações que eu consegui juntar dele. Pode dar uma olhada - ele diz. E eu abro o envelope.

          
         "Informações confidenciais:

          - Nome: Frederick Collins
          - Idade: 56 anos
          - Estado Civil: Viúvo
          - Nacionalidade: Americano
          - Profissão/Trabalho: Caçador
          - Parentesco (Filho): Nick Collins, 22 anos, solteiro, estudante, americano
  
          - Descrição: Nasceu e cresceu em Washington, EUA. Onde se casou e teve um filho, Nick. Foi embora da cidade, após um incidente que ocorreu com sua esposa e se tornou caçador, desde então, está sem localização determinada."

          
         - Não tem muita coisa, mas, acho que serve - ele diz. Eu coloco o papel de volta no envelope, me levantando logo em seguida.
         - Obrigada Yuki, te devo uma - digo, antes de sair ele me chama:
         - Cuida do Allan.. - ele diz, e parece que vai chorar.
         - Tá bom, bebê choram - digo.

Continua...!?