02 | 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐧𝐭𝐢𝐧𝐚 𝐏𝐚𝐫𝐤𝐞𝐫

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Meu pai anda até onde estou se agachando na minha frente segurando os braços da cadeira, seu olhar estava cheio de preocupação isso era nítido pois segundo ele, nunca que eu entraria nessa agência porque é perigoso demais eu sei disso porque vejo o estado dos meus pais toda noite quando voltam de alguma missão as vezes tenho medo de que somente um volte ou nenhum dos dois .

- Eu queria tanto te proteger desse mundo mas nem tudo está no nosso controle - Ele diz passando sua mão sobre meus cabelos ruivos que pintei faz algum tempo .

- Tudo bem, eu não tenho outra escolha e nem como impedir sua mãe mas me responde você realmente dar conta disso ? - Ele pergunta com toda atenção em mim e balanço a cabeça concordando que arranca uma risada dos demais, sério? Eles acham que não consigo me virar sozinha? Odeio quando eles ainda acham que sou uma garotinha de 5 anos, eu já tenho 19 anos tá bom? Sou bem grande pra continuarem com um pensamento assim .

- Confiamos em você meu amor - Minha mãe diz beijando o topo da minha cabeça e somente aquela frase fez um peso enorme cair por meus ombros, eles estavam confiando em mim, é algo que deixa sua cabeça uma loucura porque você vai entrar no meio deles e só irá agir no momento certo, tenho medo? Claro mas também acredito que vou conseguir como minha mãe sempre diz, "Uma Parker sempre consegue o que quer"

- O plano será o seguinte - Débora diz chamando nossa atenção e se sentando em uma cadeira próxima a minha.

- Valentina irá entrar nesse lugar pedindo abrigo e um lugar na guangue, mostra que você quer entrar, conquiste a confiança de Pietro e quando conseguir, nos informe todos os passos dele, cada plano, cada roubo, tudo, nos diga sempre - Débora se levanta indo até ao armário e puxando um livro que na verdade era uma alavanca e então as paredes se abrem mostrando um compartimento escondido com armas de todos os tipos e tamanhos, facas, canivetes e até mesmo facas que parecia um batom, na verdade era um batom.

- Escolha uma arma, apenas uma, uma que não seja tão óbvia para eles - Débora diz andando até o fundo da sala tirando uma maleta preta da gaveta e olho em volta procurando uma que não chamasse muita atenção e nem que me entregue de primeira e então meus olhos caem em um canivete do cabo preto e crespo, pego os dois e rodo entre os dedos abrindo em seguida.

- Minha garota - Minha mãe diz sorrindo olhando para mim e meu pai estava abraçado com ela por trás, Débora vem com um celular antigo e de segunda mão para visão de outros mas para nossa era objeto tecnológico com direto a imagem ao vivo da outra pessoa que tiver na ligação comigo, também tinha uma programação onde podia desligar qualquer câmera de segurança com apenas um clique criação do meu tio Túlio.

- Somente esse celular irá te ajudar, agora preparamos para você uma mochila com pouca roupa dentro para mostrar realmente que você tá na rua abandonada à procura de um lugar entendeu ? - concordo com a cabeça um segurança entra me entregando uma chave e uma mochila maneira realmente com poucas roupas dentro.

- E essa chave? - Pergunto franzindo o cenho e Débora sorrir assim como meus pais.

- A Chave da sua moto .

- Eu pareço muito bem para alguém abandonada - Digo olhando para chave na minha mão.

- Não se anima muito - Meu pai sussura no meu ouvido e seguir Débora que me chama descendo uma escada que levava para garagem subterrânea e assim que chegamos na garagem vejo milhares de carros e motos estacionadas ali, todos eram absurdamente lindas, eu como uma louca por motos fiquei de boca aberta vendo todas aquelas motos incríveis que brilhavam na luz.

- Aquela é sua - Débora aponta para uma RD 350 e minha boca abre em um perfeito "O" corro até a moto passando minha mão sobre o motor enquanto depositava vários beijos por ela.

- Sério que esse o jeito de vocês de não chamar atenção? - Sorrio ainda encantada com a moto que brilhava bem mais que minha bota.

- Se quiser podemos trocar por outra.

- Não, essa daqui está ótima - Sorrio rolando minha chave entre meus dedos e subindo na moto segurando o guidão mexendo um pouco com um sorriso que mal cabia no rosto.

- Faça um ótimo trabalho e talvez você entre pro nosso time - Débora diz piscando o olho para mim e me dando as costas voltando para sala de reuniões pelas escadas, coloco meu capacete com o espelho preto e ligo a moto ouvindo o ronco do motor.

- É disso que eu tô falando - Dou a volta pela garagem e saio pelo enorme portão que se abre me dando a visão dos meus pais parado no seu carro, levanto o espelho do capacete logo após parar a moto perto deles.

- Olha toma cuidado viu mocinha - Meu pai diz me abraçando forte, ele sempre ama abraços e eu sempre amei os deles.

- Nós te amamos, boa sorte filha - Minha mãe diz me abraçando forte e abaixo o espelho do capacete e pego estrada sentindo vendo no meu corpo fazendo minha jaqueta voar ao vento, era a melhor coisa que já sentir, sempre gostei de pilotar seja moto ou carro sempre foi meu hobby preferido porque era onde eu me sentia livre onde nada importava, onde somente a estrada e o vento sobre o rosto é o suficiente, entro no beco estreito e meio abandonado onde os lados tinham latas de lixo e as paredes tinham desenhos feitos com spray.

Paro minha moto de frente o lugar que estava na foto e o portão era apenas uma cortina vermelha, isso aqui não parece um esconderijo para se esconder da polícia, entro no lugar que estava vazio onde a luz era fraca e somente iluminava o ringue, no canto havia três homens jogando baralho enquanto fumavam .

- O que tá fazendo aqui garota? Aqui não é lugar para garotinhas como você - Um deles diz sugando a fumaça e soltando no ar, paro de frente para eles.

- Eu vim achar um lugar pra morar .

- Aqui não é hotel princesa - o do meio diz jogando uma carta no meio das outras que estavam no centro da mesa.

- Eu vim me tornar uma de vocês - Assim que digo essas palavras eles se olham em silêncio por um bom momento e logo todos caem na risada quase ficando sem ar de tanto rir .

- Aí garota você é hilária - Ele diz assim que recupera o fôlego e continuo com meu rosto sério.

- Aqui não aceitamos garotas então vai embora e procura algo de útil pra fazer - Um deles meio magro usando uma bandana vermelha em volta da sua cabeça se aproxima de mim mas para assim como todos os outros.

- Deixem ela, vamos ver o que ela tem para oferecer - Alguém que estava sentando nas arquibancadas diz nas sombras onde tudo o que via era escuro sem fim mostrando apenas seu corpo curvado com as braços em cima de suas pernas enquanto fumava.



























Um cara misterioso

Eu automaticamente:

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E até o próximo capítulo meus amores 💕

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