O MORDOMO ESTRANHO

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Quando chegou ao endereço, sentiu uma estranha familiaridade com o lugar

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Quando chegou ao endereço, sentiu uma estranha familiaridade com o lugar. Era um casarão magnífico, com um jardim repleto de rosas em várias cores, cada uma mais vibrante que a outra.



À medida que se aproximava da porta, ela se abriu sozinha. Um frio na barriga o atingiu, mas a animação pela festa superou qualquer receio. No entanto, a curiosidade logo deu lugar a um leve temor.



Ao perceber que o mordomo que o recepcionou se assemelhava muito ao personagem do livro, Felippo notou que o homem tinha um rosto longo, pele pálida e vestia-se de preto. Seu cabelo curto e oleoso apresentava algumas mechas grudadas na testa. Começou a sentir como se estivesse dentro da história que encontrara na varanda, perdido entre o real e um mundo sombrio.



- Você? - perguntou, a confusão evidente em sua voz, enquanto uma gota de suor deslizava por seu rosto.



- Seja bem-vindo - respondeu o homem, com um olhar que parecia pesar sobre Felippo como um destino inevitável.



- Quem é o anfitrião? - indagou, tentando conter a apreensão crescente.



- Logo você saberá - disse ele, fitando-o intensamente. - Entre e fique à vontade.



- Obrigado, Medonho - murmurou, pronunciando o nome do mordomo do livro. Um risinho escapou de seus lábios, aliviando um pouco a tensão.



O estranho deu uma risada baixa e desapareceu entre os convidados, deixando-o com uma mistura de fascínio e inquietação. Ele se viu rodeado por rostos desconhecidos, como se estivesse em um conto de fadas distorcido, onde o encanto e o terror coexistiam.



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