O GRITO DO DESCONHECIDO

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Estava quase na hora da festa, e o jovem lançou um olhar satisfeito para o espelho perto da porta

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Estava quase na hora da festa, e o jovem lançou um olhar satisfeito para o espelho perto da porta. A luz suave realçava seu porte altivo, enquanto ele se divertia com sua aparência sedutora e misteriosa. Seus cabelos loiros, de um dourado cintilante, caíam de forma casual sobre a testa, destacando sua pele clara e impecável. Os olhos, de um azul profundo e enigmático, reluziam como o oceano em uma madrugada de tempestade, intensos e hipnóticos.



Felippo tinha um queixo bem definido e um nariz reto, que harmonizavam seu rosto determinado. Um leve toque de sangue falso no canto da boca contrastava com suas presas afiadas, sugerindo um perigo sedutor. Vestindo uma capa negra que fluía sobre seus ombros largos, ele exalava uma beleza enigmática.



Ele abriu a porta. Sabia que era loucura sair àquela hora, mas algo o chamava. Já na rua, não via nada à sua frente, mas sentia que estava sendo seguido. Parou e tentou identificar alguém. Vultos e gritos alimentavam seu temor, e o nevoeiro denso tornava tudo ainda mais aterrorizante. Seu coração batia descompassado, e arrepios percorriam por todo o seu corpo.




As sombras se aproximavam cada vez mais. Ele deu dois passos para trás; o medo paralisou seu corpo, e suas pernas estavam pesadas como chumbo. Respirou fundo, tentando se acalmar, e finalmente conseguiu correr, mas esbarrou em uma figura que parecia perdida e aterrorizada. A pessoa soltou um grito estridente, que ecoou pela no breu da noite. Tentando manter distância, ele notou os olhos arregalados do sujeito, evidenciando o pavor que sentia.



- O que houve? - inquiriu Felippo.



- O ser da noite enviou alguém à sua frente para encontrar seu amor perdido - o desconhecido respondeu, com a voz trêmula de pavor.



- Quem vai chegar? - indagou ele, confuso.


- Onde havia o bem, agora há apenas escuridão, e o ser trevoso está prestes a chegar para recuperar o que perdeu. - E, com isso, virou-se rapidamente e saiu correndo.


- Deve ser um convidado da festa. O anfitrião quer mesmo impressionar, e confesso que conseguiu - deduziu. - Aqui está melhor que uma casa de terror - falou, olhando em volta antes de seguir para o endereço da festa.

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