Depois de um dia longo e bem-sucedido em mais uma operação, Allana e Henrique se uniram à equipe para uma comemoração merecida em um bar próximo. Risos, histórias e brindes ao sucesso do caso fluíam com facilidade. Allana estava mais relaxada do que o habitual, algo raro de se ver, e a cada gole parecia se divertir ainda mais. Em meio a um brinde, ela soltou uma risada, confessando com leve indignação que seu carro estava com o pneu furado.— Então, me leva pra casa? — ela pediu a Henrique, o tom descontraído e um leve sorriso nos lábios.
Henrique sorriu de volta e assentiu. Em pouco tempo, os dois estavam sozinhos no carro dele, cortando as ruas da cidade iluminada. Com o silêncio entre eles, a tensão habitual que sempre pairava no ar começou a ganhar vida novamente. Henrique percebeu que Allana estava mais descontraída, talvez até mais provocadora do que de costume, e ele tentava ignorar os sinais – até o momento em que ela, já animada pela noite, começou a desabotoar alguns botões de sua blusa.
Ele desviou o olhar, tentando focar na direção, mas cada gesto dela parecia planejado para testar sua paciência. Ao notar a reação dele, Allana riu suavemente e, sem dizer uma palavra, desabotoou mais um botão. Henrique sentiu o coração acelerar, o controle que ele sempre mantinha tão firme ameaçando escapar. E então, sem resistir, ele cedeu.
Ele se inclinou para ela, seus lábios se encontraram em um beijo intenso, carregado de tudo o que ambos haviam reprimido por tanto tempo. Suas mãos tocaram seu rosto e escorregaram para seus ombros, descendo com uma intensidade que refletia o quanto ele a desejava.
Mas, no último instante, Allana, com um sorriso travesso, colocou a mão sobre a dele e recuou levemente, ainda sorrindo.
— Calma aí, delegado. Eu disse que precisava de uma carona, não de uma operação de resgate... — provocou ela, com os olhos brilhando.
Henrique riu, um pouco frustrado, mas admirando o modo como ela sempre conseguia manter o controle, mesmo nas situações mais tentadoras.
— Você sabe que está brincando com fogo, né, Allana?
Ela apenas deu de ombros, ajeitando a blusa com um sorriso que misturava provocação e mistério.
— Quem disse que não é você quem está se queimando, delegado?
Com isso, ela cruzou os braços, ainda sorrindo, deixando a tensão entre eles no ar, enquanto Henrique retomava o controle do carro. Ambos sabiam que aquilo não acabaria ali, mas por enquanto, Allana preferia manter o jogo.
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AMOR E CRIME- ENTRE TIROS E BEIJOS
RomanceAllana e Henrique são jovens delegados federais no Rio de Janeiro, formando uma dupla imbatível e escondendo uma atração mútua. Embora compartilhem uma química inegável, ambos têm receio de arriscar o profissionalismo e ultrapassar a linha que separ...