O depoimento da vergonha (Ratiorine)

VII - O Depoimento da Aposta

Vamos de mais uma aventura como prometida para esta semana, sendo que hoje temos participação especial do nosso ruivinho favorito de Idrila: Argenti!

Vamos ver o que reserva para o nosso estimado Ratinho, vamos?

Boa leitura <3
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Kakavasha, daquela hora em diante, ficou ponderando o que poderia fazer para surpreender da melhor forma Veritas, já que ele realmente detestava perder as suas apostas, fosse por que motivos fosse.

Ele sempre foi uma pessoa que apreciou os pequenos riscos da vida, e sempre foi bastante sortudo em ter tudo aquilo que sempre queria, embora o estudante conseguisse perceber que Ratio não era apenas mais uma conquista fácil como todas as outras que já teve em sua vida, mas pelo contrário.

Ele era extremamente diferente de tudo o que já enfrentou no seu dia a dia, e apesar de quase ter desistido depois de todos os foras que tomou, naquele momento sua empreitada parecia ter um novo alento, como uma nova oportunidade de tentar conquistar de alguma forma aquele homem que aparentava ser tão difícil quanto ele antecipara. O loiro estava, ainda assim, surpreso pelo fato de que alguém tão inteligente como Veritas tivesse alinhado nos seus planos mirabolantes, já que, afinal, ele não parecia ser de tais futilidades.

Parando para pensar nisso, talvez o estudioso finalmente tivesse caído no seu charme e estivesse mais interessado que aquilo que aparentava demonstrar na frente dos demais. 

Fazer uma serenata na porta do dormitório, aparecer nu na frente dele, mandar um carro de música para a porta da faculdade e entregar uma declaração para Ratio, tudo isso pareciam boas ideias, que certamente surpreenderiam os comuns mortais.

Mas aquele homem não parecia ser uma pessoa que se surpreenderia com coisas tão triviais, então Kakavasha teria de ser extremamente criativo.

Quando o loiro expôs a situação a Topaz, Jade e Ruan Mei, as três mulheres concordaram que seria divertido um carro de música na frente da faculdade, e que seria uma boa tentativa, embora das três, Ruan Mei fosse a que menos acreditasse que aquilo iria surpreender o seu melhor amigo.

Ela o conhecia melhor que ninguém, e sabia que nada, além de fórmulas matemáticas complexas, estudos arquitetônicos e constelações; era suficiente para espantar alguém tão céptico e ávido de conhecimento.

Depois de muito pensar sobre o tema e se realmente avançaria com a situação, e mesmo com as contraindicações da morena, ele decidiu ainda assim arriscar e avançar. Não demorou para que no meio dos seus estudos Aventurine decidisse procurar um serviço que fizesse aquele tipo de peripécia. Ele rapidamente encontrou uma empresa apelidada de “Carreta do Amor Sem Fim”, o slogan sendo “Na cantoria ou na alegria, seu amor é nossa folia”. O loiro se sentiu convencido o suficiente pelo slogan, e logo fez sua encomenda do serviço, feliz por estar dando seguimento àquele plano louco, que tinha tanto para dar certo, como tudo para dar errado.

Infelizmente na vida, se compararmos a situação a um RPG de mesa, nem sempre é possível rodar um 20 natural, e o apostador, na sua confiança exacerbada, conseguiu rolar a maior falha crítica da sua vida, e ele logo avistou de cara os efeitos devastadores da sua jogada arriscada, que culminaram com a causa-efeito mais catastrófica possível, ainda mais do que quando Topaz postou acidentalmente aquele depoimento.

No dia programado, Kakavasha chegou cedo à faculdade, já preparado para ver o caos se desenrolar, tendo se sentado em um dos bancos próximos à entrada. Naquele dia ele e Ratio partilhavam aula, então a escolha do dia tinha sido mais que acertada. Ele estava preparado para o caos que iria se instalar, mas não para os resultados que aquilo traria. Afinal, tudo naquela equação era extremamente imprevisível.