Oi, gente! Essa é a minha primeira história, espero que vocês gostem.
Se não gostarem, tudo bem, mas por favor, evitem comentários negativos.
Sobre a história? Só lendo para descobrir! 🙂🙃
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Depois de alguns minutos, Guilherme finalmente adormeceu, exausto de tanto chorar. Eu realmente não reconheço mais a Vitória. Desde que a Helena nasceu, ela tem desprezado o Guilherme como nunca antes. O pior é que ele realmente está acreditando que é um incômodo, o que só o afasta cada vez mais de todos. A única coisa de que ele fala é sobre a Helena, e mesmo assim evita o assunto. Ele passa o dia inteiro no quarto, só saindo para cuidar da Helena e nem se alimenta direito. Vou ter que ter uma conversa séria com a Vitória; não dá para ela continuar tratando o menino desse jeito...
Logo depois, a porta se abre de repente, e Vitória entra no quarto em um rompante, falando alto.
Vitória: Agora tá fácil mesmo, né? Olha a hora que esse idiota tá dormindo!
Camila: Meu Deus, Vitória, respeita! Ele está dormindo. Você está passando dos limites. Senta aí, quero conversar com você! ( falei em um tom firme, para que ela entendesse que não estava brincando.)
Vitória revira os olhos, mas se senta de frente para mim na cama, com uma expressão de desdém.
Camila: Vitória, o que está acontecendo, minha filha? Olha o jeito como você está tratando o Guilherme! Ele está se afastando de todo mundo, já mal conversa. Quando ele tenta, você já vem para cima dele, dizendo um monte de coisa... (Vitória tenta me interromper, mas levanto a mão, sinalizando para ela esperar.) Deixa eu terminar. Você tem noção do que disse para ele? Que ele era só um peso na sua vida? Já pensou como ele se sentiu? Ele deve estar arrasado. Ele está se esforçando para melhorar, mas você parece cega a isso. Cada dia que passa, é como se você tivesse mais raiva dele... Você sabia que ele adormeceu chorando, depois de dizer que desistiu de tentar falar com você? Que ele só vai aceitar o jeito que você está tratando ele? Ele DESISTIU, Vitória! Desde que a Helena nasceu, você mal olha para ele. Sei que você é uma mãe maravilhosa com a Helena, mas, em compensação, você está machucando muito o Guilherme. Minha filha, se você acha que não tem mais paciência ou que não consegue mais tratá-lo com carinho, é melhor terminar. Se você não o tratar bem, alguém vai.
Por um momento, o quarto fica em um silêncio pesado. Vitória me encara, ainda com o rosto de teimosia, mas logo vejo seus olhos se encherem de lágrimas. Ela parece surpresa, como se nunca tivesse imaginado o impacto das palavras dela sobre o Guilherme.
Vitória: Mas, mãe, eu nunca pensei em terminar com ele... (diz, deixando algumas lágrimas caírem.)
Camila: Filha, se continuar assim, ele pode acabar cansando.
De repente, um barulhinho nos interrompe. Olho para o lado e vejo Guilherme se mexendo na cama, fazendo um som baixo com a boca, parecido com o que Helena faz quando quer mamar. Vitória arregala os olhos e seu rosto fica vermelho, visivelmente constrangida.
Camila: O que está acontecendo? Por que ele está fazendo esse barulho? Parece o mesmo que a Helena faz quando está com fome.
Vitória respira fundo antes de responder, a voz embargada pelas lágrimas.
Vitória: Mãe... Eu preciso contar desde o começo. Quando eu estava com seis meses de gravidez, comecei a produzir leite. O Guilherme pediu para experimentar, e eu acabei deixando... Só que ele começou a mamar com frequência, e criou uma dependência emocional. Antes de a Helena nascer, ele só dormia mamando. Mas, depois que ela nasceu, no hospital, ele pediu para mamar, e a médica me orientou a deixá-lo uma semana sem mamar. Expliquei para ele, que ficou chateado, mas aceitou. Só que, depois de duas semanas, ele pediu para mamar de novo, e, não sei por que, eu me irritei. Gritei, falei um monte de coisas, e até disse que me arrependia de ter deixado ele mamar. Não sei por que estou agindo assim... É mais forte do que eu... ( Vitória desaba, soluçando.)
Sinto um aperto no peito. Nunca imaginei que fosse esse o motivo. Olho para Guilherme, que parece tão frágil dormindo. Ele encontrou segurança e consolo em algo tão puro, e Vitória tirou isso dele de forma abrupta. Compreendo que ela também carrega culpa e dor.
Camila: Meu Deus, filha, isso é realmente uma novidade para mim... Mas, se a médica falou para você deixá-lo sem mamar só por uma semana, por que não deixou depois? Já faz quase dois meses desde o nascimento da Helena. Além de não deixar mais ele mamar, você ainda o está tratando mal... (Falo isso abraçando-a, tentando confortá-la.)
Vitória: Tem mais, mãe... Dias atrás, de madrugada, eu acordei com algo molhado na minha blusa, e, quando abri os olhos, vi o Guilherme tentando mamar por cima da roupa enquanto dormia. Eu surtei, falei mais um monte de coisas, e agora acho que ele tem medo de chegar perto de mim... (diz, chorando ainda mais.)
Camila: Filha, é claro que ele vai ficar com medo de se aproximar, principalmente depois de tudo isso que me contou. Mas tenha calma. Vai, toma um banho e tenta dormir. Amanhã, trate ele com carinho, com amor, como você o tratava antes. Volta a ser aquela Vitória que ele conhecia.
Vitória: Tá bom, mãe. Obrigada por tudo, principalmente por me mostrar o quanto estou errada. Eu te amo muito. (fala, vindo me abraçar de novo.)
Camila: Eu também te amo, meu amor. Espero, do fundo do meu coração, que você mude. Agora vai tomar um banho, que te espero aqui para te fazer dormir, igual aos velhos tempos... (digo, rindo levemente.)
Vitória sorri pela primeira vez naquela noite, se levanta e vai para o banheiro. Ela toma um banho rápido e logo volta, vestida com o pijama. Deita-se na cama, e começo a fazer carinho em seu cabelo, até que ela adormece rapidamente. Saio do quarto com cuidado e vou para o meu, onde encontro o Rodrigo deitado, com um semblante carente.
Rodrigo: Amor, você demorou muito...
Camila: Estava conversando com a Vitória e com o Guilherme.
Rodrigo: E como foi? (pergunta, preocupado.)
Camila: Primeiro, encontrei o Guilherme chorando. Levei ele até o quarto, e ele desabafou comigo sobre a situação com a Vitória. Chorou tanto que acabou dormindo. Depois, a Vitória apareceu, e tive uma conversa séria com ela. Ela chorou, se arrependeu, e eu fiquei com ela até dormir. Acho que agora eles vão se resolver. ( suspiro aliviada.)
Rodrigo: Agora quem precisa de você sou eu... (diz, deitando-se em cima de mim e escondendo o rosto em meu pescoço.)
Camila: Eu te amo, meu amor... ( falo, acariciando seus cabelos.)
Rodrigo: Eu te amo ainda mais... (responde, com a voz abafada, encostando o rosto em meu pescoço.)
Em poucos minutos, nós dois pegamos no sono, reconfortados um pelo outro. . . . . . . . Oi, amores! Espero que vocês gostem do capítulo de hoje.💖 Faz tempo que não escrevo um capítulo na visão da Camila, né? Kkkkk🤣🙃 Até que enfim a Vitória se arrependeu!😈🫣 Deixem estrelinhas e comentem!✨
