Não nos amamos de uma vez,
não foi um raio, uma febre,
foi o lento crescer das raízes,
foi o tempo nos entrelaçando.
Dia a dia, tijolo a tijolo,
erguemos um lar no silêncio,
onde o afeto não grita,
mas se faz, se forma, se cuida.
Cada gesto é um passo,
um encontro sem pressa,
como quem planta no outono
esperando a flor da primavera.
Somos inteiros, sim,
não pela metade ou por partes,
mas por cada pedaço que cede,
por cada fração que abraça.
E assim seguimos juntos,
construindo-nos de mansinho,
pois o amor verdadeiro é feito
na calma de quem se escolhe todo dia.
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Vida Cotidiana
PoetryVida Cotidiana é uma coletânea intensa e visceral, onde 40 poesias capturam os dilemas e as emoções mais profundas do cotidiano humano. Nessa obra, cada verso se torna um espelho, refletindo as facetas de sentimentos universais como o amor em todas...