Aula Sobre Amar.

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— Ah, que dia bonito! — Okkotsu sorriu e exclamou, ao acordar de bom humor naquele dia. — BOM DIA, VIZINHO! — Ele gritou, para que seu vizinho no quarto ao lado ouvisse.

Ok, talvez ele tivesse esquecido que sua vizinhança de dormitório era composta pelos outros garotos daquela escola que, convenhamos, a maioria não era muito amigável. Talvez exceto Inumaki e Itadori.

— DÁ BOM DIA PRA SUA MÃE, AQUELA CACHORRA! — Fushiguro, no quarto ao lado, berrou de volta.

...

Talvez o cupido só o odiasse profundamente.

Era isso que Yuta sugeriu para si mesmo enquanto tinha que ficar de vela novamente no refeitório.

Ok, talvez ele tenha tido um pequeno sobressalto quando sentiu alguém sentar ao seu lado.

— Tsunamayo? — Inumaki indagou, sentando-se na cadeira ao lado de Okkotsu.

Ah, sim. Toge também ficava no refeitório com eles no intervalo, só não estava indo sempre porque quase todo dia ele tinha uma missão, ficando cansado e passando o dia inteiro no quarto.

Bom, pelo menos, ele não precisava ficar de vela sozinho.

— Claro, pode sentar sim. — Yuta sorriu e respondeu, embora o loiro já tivesse sentado na cadeira.

Ele era o único alí que quis aprender essa língua de onigiri que Inumaki falava. Talvez aquilo tenha os deixado mais próximos também.

Gostava de conversar com Toge, mesmo que fosse só por mensagens, ou tendo que sempre traduzir o que ele dizia. Ainda assim, ele era legal.

Pelo o que Okkotsu aprendeu, "salmão" é positivo e "okaka" é negativo, o resto ele não sabia muito bem. Dependia do contexto.

— Mentaiko? — Inumaki indagou, apontando para o próprio ouvido.

Depois de alguns segundos raciocinando, Yuta finalmente entendeu que o loiro queria um fone de ouvido, para assistir algo sem atrapalhar eles.

Aquilo era até que bem fofo.

E era óbvio que Okkotsu tinha um fone de ouvido com fio, aqueles brancos que você consegue comprar por dois reais na lojinha da esquina e que só durava um mês antes de uma das partes parar de funcionar.

Toge quase sempre pedia um, então Yuta já andava preparado.

O moreno tirou o fone do bolso, o estendendo para Inumaki.

— Esse aqui serve? — O mais velho sorriu e perguntou. — Tá novo, viu? Ainda não usei.

— Salmão. — Seu amigo assentiu, pegando os fones e conectando o cabo no celular.

Okkotsu suspirou, voltando o olhar para Nobara e Maki, que estavam brincando de algo que ele não entendeu muito bem.

A Zenin estava mostrando que sua língua tinha ficado azul depois de ter comido uma balinha azulada que fazia aquilo

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A Zenin estava mostrando que sua língua tinha ficado azul depois de ter comido uma balinha azulada que fazia aquilo.

Kugisaki, por sua vez, só riu e aproveitou aquilo para roubar um beijo da namorada.

Kugisaki, por sua vez, só riu e aproveitou aquilo para roubar um beijo da namorada

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Poxa, como elas conseguiam fazer parecer tão fácil?

Sendo a pessoa ansiosa que era, Yuta iria pensar nas milhares de possibilidades e...

Foi como se sua mente inteira tivesse se calado, ficado quieta só para prestar atenção em Toge, que encostou-se no braço de Okkotsu, enquanto assistia algo no celular.

Por que ele ficava tão fofinho concentrado em algo?

Yuta suspirou, passando a mão pelo cabelo do loiro, para ajeitar um fio rebelde na lateral de sua cabeça.

Talvez Inumaki tenha interpretado aquilo de outro jeito, aconchegando um pouco mais o rosto no braço do moreno.

Aquilo até que era fofo.

Okkotsu quis se esconder debaixo da mesa ao notar Nobara sorrindo e fazendo um coraçãozinho com a mão, enquanto Maki apontava para eles.

Yuta suspirou, voltando o olhar para os próprios pés. Talvez elas só estivessem brincando.

Não era como se ele gostasse de garotos... Certo?

Ele sentiu o rosto queimar quando não conseguiu responder o próprio pensamento.

Certo?

...

— Eu aprendi jujutsu, então é claro que eu consigo aprender a amar. — Okkotsu retrucou, cruzando os braços.

— Duvido. — Maki Zenin riu e disse a palavrinha mágica que conseguia fazer o ser humano ser capaz de absolutamente tudo para provar que ela estava errada.

Eles estavam na sala de aula da Escola de Jujutsu, conversando sobre como Yuta não conseguia namorar nem uma maldição, porque não sabia como relacionamentos saudáveis funcionavam.

Convenhamos... talvez Maki estivesse certa.

— Duvida? — Okkotsu franziu o cenho. — Acha que eu não consigo? — ele sorriu. — Então espera pra ver! — Yuta deu de ombros. — Eu sou um feiticeiro jujutsu de nível especial, aprendi a técnica amaldiçoada reversa em menos de um ano. Acha mesmo que eu não consigo aprender a amar alguém em menos de um ano? Claro que eu consigo! Pode assistir esse garoto se auto-educar!

— Essa eu tô pagando pra ver. — A Zenin riu e respondeu, apoiando os pés na própria mesa.

Yuta fechou a cara, voltando o olhar para sua amiga.

Eles trocaram olhares por alguns segundos, antes da esverdeada pigarrear e acrescentar:

— Quero dizer... Mitou! Divou! — Ela sorriu. — Esse é o melhor desafio que já vi em meus dezesseis anos de vida!

— Melhorou.

Estúpido Com Amor - InuokkoOnde histórias criam vida. Descubra agora