Em "Contract marriage" acompanhamos a história de Stella Bianchi e Aslan LeBlanc, ambas as famílias são rivais a anos. O destino os une em um casamento arranjado, regido por um contrato que mais parece uma sentença do que uma união.
E Apesar do ódi...
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Aslan LeBlanc|
Bufo enquanto sinto a ruiva ao meu lado se mexer de um lado para o outro o tempo todo, no meio da noite.
— Bianchi, será que dá pra você parar de se mexer tanto? — Olho para ela, percebendo que se assusta ao ouvir minha voz, e sua atenção cai sobre mim.
— Que susto! Pensei que já estivesse dormindo.
— Estou sem sono. — A Cabeça de Cenoura solta uma risada fraca.
— Somos dois.
Volto minha atenção para o teto, ao notar que o silêncio havia retornado.
— Aslan. — A ruiva quebra a quietude do ambiente ao me chamar. Olho para ela. — O que você acha das coisas que a Nicolle fala? Sabe... Sobre o que nós sentirmos um pelo outro ser apenas tesão acumulado...
Franzo o cenho. Por que ela está me perguntando isso?
— Acho uma loucura... Acho que Nicolle só está falando isso porque acha que iremos viver um romance de um daqueles livros que ela lê. Mas, por qual motivo está me perguntando isso?
A Ruivinha suspira.
— Talvez ela não esteja tão errada. — Arregalo os olhos pela confissão. — Talvez eu... Talvez eu esteja sentindo por você o que ela disse, mas só fui notar o que realmente era agora.
O quê? Fico tão surpreso por seu comentário que me sento na cama em que, a pouco tempo atrás, estava deitado.
Encaro Stella por um tempinho, esperando ela começar a rir. Mas ela não riu. Significa que não foi uma piada. Encosto o dorso da minha mão em sua testa para ver se está com febre. Não está quente. Ou seja, também não está doente.
Será que ela está no período fértil? Soube que, nesse período, o desejo sexual das mulheres aumenta. Será que é isso?
— Mas, sinceramente — Ela continua e também se senta. —, qual seria o problema se a gente acabasse transando? Mesmo que seja falso, estamos em um relacionamento. — Mal percebo quando Stella se senta no meu colo, colocando suas mãos em meus ombros e, automaticamente ponho as minhas em sua cintura. — Então, eu te pergunto: você vê algum problema se, por um acaso, acabassemos transando em algum momento? Porque eu não vejo.
O que deu nessa mulher? Ou melhor, o que deu em mim para gostar e meu corpo responder à sua fala?
Afinal, quem é o mais louco nessa história? Ela por expor seus desejos, mesmo a gente se odiando, ou eu gostando e sentindo o mesmo que ela? Querendo a mesma coisa que ela?
Olho para seus olhos e encontro algo que não pensei que realmente veria: Desejo. Desço meu olhar para seus lábios, que, de repente, parecem tão atrativos e chamativos.