04 | Caroline Carter

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Assim que sair de casa abrir a entrada do chip e tirei do meu celular jogando no chão e pisando em cima amassando bem para não sobrar absolutamente nada dele, olho para baixo vendo o chip em pedaços, sorrio satisfeita com o meu trabalho e pego o restos e jogo na lata de lixo próxima da nossa casa. Sigo o caminho até a primeira loja que encontrar e de longe avisto uma que não é muito famosa ou muito frequentada pois ficava bem longe do centro, entro onde o sino em cima da porta faz o som que um cliente novo entrou.

Vou até o caixa onde tinha um garoto com cara de sono com um cigarro entre os lábios com seus pés sobre o balcão e seu corpo deitado sobre a cadeira com o chapéu em cima do seu rosto cobrindo apenas seus olhos.

- Bom dia - Bato minha mão sobre o balcão o fazendo tomar um susto tirando o boné do rosto e o cigarro da boca.

- Você tem chip aqui ? - Digo olhando em volta como a loja era pequena e com corredores estreitos e curtos onde a cortina meio desgastada voava da janela.

- Sim vai querer quantos ? - Ele diz tirando uma caixa de baixo do balcão e ao abrir mostra os diversos tipos que estavam dentro da caixa de papelão tomara que prestem e que sejam tão ruins que aquele idiota não consiga mais achar o meu número.

- Um, vocês cadastram ? - O garoto apenas balança a cabeça confirmando e entrego meu celular para ele e espero o mesmo fazer o cadastramento enquanto olhava pela loja, os discos velhos de cantores que hoje em dia não estão mais entre nós, quem será que ainda compra isso? Minha vó compraria, reviro os olhos rindo com meus pensamentos, mais ainda não entendo porque ela quis vim morar tão longe do centro, talvez o barulho eu acho que corro o risco de querer o mesmo futuro quando chegar nessa fase.

- Está pronto moça - O garoto diz e me afasto dos discos indo até o balcão pegar meu celular e saio da loja e de longe avisto um homem de capuz mas dessa vez ele estava de costa como se estivesse mijando ou algo assim. Nesse momento congelei ali na porta sem saber muito bem o que fazer, o óbvio seria correr não é imbecil, minha consciência grita no meu ouvido fazendo meu corpo se mover seguindo o caminho contrário do homem que olha para mim com um olhar confuso e me julgando com certeza me achando uma louca por esta encarando ele.

- Tá olhando o que vadia? - Ele diz me trazendo de volta a realidade e ele abaixa o capuz mostrando sua cabeça careca com uma cicatriz e me pergunto se era esse homem de ontem mas o timbre da sua voz me faz ter uma incerteza que ele não é o mesmo de ontem.

- Nada idiota - Reviro os olhos dando as costas para ele, porque homens sempre gostam de mostrar que são os homens alfas que podem tratar a mulher ou qualquer pessoa como querem só porque são homem, me poupe.

- Você me chamou de que? - Ele diz andando em minha direção e enfio minha mão na bolsa mas mesmo assim o homem não para de vim em minha direção com passos largos e rápidos e assim que ele se aproxima aperto o spray de pimenta nos olhos dele fazendo o mesmo cair no chão com as mãos nos olhos.

- De idiota - Repito com deboche dando as costas para ele e seguindo meu caminho como se nada tivesse acontecido, eu encontrei isso no armário da minha vó e vou comprar muitos no centro para jogar nos olhos do verdadeiro desgraçado que anda me seguindo.

Estava perto da delegacia e olhava para frente sempre vendo em todos os lugares alguém com o moletom e capuz, sempre como se essa imagens tivesse me perseguindo por onde quer que eu vou e não quero andar por aí com medo desse maníaco e que ele possa me achar e fazer sei o que lá comigo. Entro na delegacia atraindo olhares de todas a minha volta que estavam trabalhando, eu nunca sair com o meu irmão ou já fui vista com os meus pais para sociedade é como se eu nunca tivesse nascido na família Carter então ninguém sabe sobre mim, ou sobre qualquer relação com o meu irmão e sua gangue, entro na sala do delegado que comia uma rosquinha e assim que me viu colocou o doce sobre um guardanapo.

A Sexta Feira 13Onde histórias criam vida. Descubra agora