A Sexta Feira 13

08 | Caroline Carter

Caminhando pela calçada jogando uma carteira de cigarro para cima e pegando novamente com as duas mãos era meu entretenimento até a casa da minha vó hoje como sempre a aula foi chata porque os professores foram trocados e outros substituídos o que foi algo totalmente surpreendente para toda sala uma decisão como essa do nada. Meu celular vibra no meu bolso pegando o celular e ao abrir havia um número desconhecido ligando e olho para um lado e para o outro e novamente para o celular, meu coração começou a ficar acelerado e minhas mãos suaram frio, não pode ser.

Atendo a ligação tomando coragem a qual não sei muito bem de onde tirei e respirei fundo.

- A polícia está atrás de você e logo todo esse inferno vai acabar então acho melhor você ficar bem longe de mim filho da puta - Ladro onde as veias dentro de mim estavam como fogo e todo meu corpo se envolvia em adrenalina me ajudando a proferir todas aquelas palavras de uma vez.

- Seria uma tarefa impossível para mim Caroline, pois sempre estou perto de você, as vezes tão perto que você nem percebe - Sua voz era calma e tranquila mas grossa e profunda como um trovão numa tempestade devastadora, olho para os lados sentindo meu coração pulsando no meio da minha garganta onde o ar dos meus pulmões pareciam desaparecer conforme minha respiração se irregulava.

- Você é um covarde idiota, o que você quer comigo? - Digo segurando as lágrimas que queriam derramar e começo andar em passos largos e apressados.

- Eu quero você, somente você Caroline, para fuder e para machucar, somente 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂.

- Você é um doente - Digo aquelas palavras enojada caminhando mais de pressa, olho para trás e não vejo ninguém mas de alguma forma sentia sua presença me rodear como um grande círculo de fogo até meu corpo bater em algo duro e forte parecendo uma rocha de tão grande que era, olho para o chão vendo a ponta de botas que brilhavam e meu olhar subiu onde era uma grande manta preta que não mostrava e nem marcava nada exceto seu peitoral que era marcado na roupa, e assim que meu olhar se ergueu para cima ficando de frente sua máscara ridícula, ele tomba a cabeça de lado e segura meus pulsos contra as minhas costas com uma mão e com a outra segura meu cabelo forte fazendo minha cabeça tombar para trás.

- Gosta de filme de terror Caroline? - Me debato contra seu corpo mas sua mãos apertam ainda mais meu pulso causando uma dor insuportável.

- Se responder te deixo ir .

- Não sou tão ingênua de acreditar nas suas palavras - Falo entre os dentes e ele solta uma risada baixa e rouca aproximando seu rosto ao meu .

- Não? Eu diria que você faz esse papel muito bem então - Ele fala cheio de sarcasmo em cada sílaba e então sua faca aparece logo após ele soltar o meu cabelo e segurar o cabo da sua faca onde sinto a ponta gelada no meu pescoço, olho para o lado e vejo alguém mexendo no celular e vejo minha oportunidade.

- SOCORRO!! - grito com toda força que tinha na minha voz e o desgraçado na minha frente olha para trás por cima dos ombros e em um piscar de olhos ele me coloca por cima de seus ombros caminhando para uma rua deserta e sem casas na verdade havia algumas mas todas estavam abandonadas, bato nas suas costas, mordo seu ombros mas não adianta de nada pois ele não sentia porra nenhuma.

- ME SOLTA AGORA - Grito dando socos nas suas costas e ele me solta no chão onde caio de bunda sobre a areia e me arrasto para longe dele enquanto o mesmo caminhava em minha direção com um passo de cada vez me olhando fixamente .

- Por favor - Lágrimas escorrem por meu rosto sem ao menos perceber, tudo nele me alertava perigo mas uma parte minha sentia ainda mais curiosidade sobre o cara mascarado, minha mente estava uma bagunça de pensamentos onde a razão perdia em todas as batalhas que travava com o meu eu que adorava uma adrenalina.