Tudo Por Ela - Simolon

Pedro e Miguel.

Aproveitando que tenho que ficar de repouso para atualizar.

Esse capítulo é uma "promessa não mencionada" mas existente. Tô sem criatividade 🥲 mas tentei trazer o máximo.

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Isabella estava sentada na cama do hospital, a dor das contrações fazendo seu corpo se contorcer. Ao seu lado, Rodrigo a segurava com força, a preocupação estampada em seu rosto. Ele estava nervoso, incapaz de agir como cirurgião, mas sua intuição de marido o instigava a encontrar uma maneira de aliviar a dor dela.

-Amor, você está aguentando firme
ele disse, tentando soar calmo, mas a tremedeira em sua voz entregava o contrário.
-Só mais um pouquinho.

Isabella respirou fundo, os olhos cerrados em meio à dor.
-Não vou ter os bebês até que a Marina e a Simone cheguem! Eu preciso delas aqui. E para de falar! Você nem é médico.

Rodrigo hesitou, respirou fundo e até saiu um risinho, mas sabia que não havia nada que pudesse fazer além de esperar. Ele apertou a mão dela, murmurando palavras de incentivo. Enquanto isso, Fairte estava ao lado, tentando oferecer conforto, mas também ansiosa pela chegada das filhas.

Minutos que pareciam horas se arrastaram até que, finalmente, Marina e Simone chegaram ao hospital, ofegantes e com as faces iluminadas pela preocupação e amor.
-Estamos aqui!
Simone exclamou, correndo até a cama.

Com a presença das irmãs, uma onda de alívio atravessou Isabella.
-Olha, mas quase que eles me arrebentam e vocês não estavam aqui! Obrigada por virem.
ela disse, as lágrimas se acumulando em seus olhos. As irmãs rapidamente se posicionaram ao seu lado, segurando suas mãos, fazendo promessas de que estariam com ela a cada passo do caminho.

Com a equipe médica pronta, Isabella foi encaminhada para a sala de cirurgia para a cesárea. Rodrigo a seguiu até a porta, mas, ao ver a intensidade do ambiente, um nó se formou em seu estômago. Ele tentava respirar fundo, mas a tensão o envolvia como uma manta pesada.

Na sala de operação, o clima era de concentração. Isabella sentiu a picada da anestesia e fechou os olhos, confiando que tudo ficaria bem. A ansiedade de Rodrigo era palpável, e ele mal conseguia assistir, até que o momento decisivo chegou. O médico começou o procedimento, e os gritos dos bebês quebraram o silêncio tenso da sala.

Mas, assim que os primeiros choros ecoaram, Rodrigo, em um instante de excesso de emoção e estresse, desmaiou no chão. O som do seu corpo caindo ecoou na mente de Isabella, mas o alvoroço foi rapidamente abafado pelos choros dos gêmeos.

Ela não tinha palavras para descrever a mistura de alegria e indignação que sentia, pensava "é isso que dar casar com um semi médico". As irmãs, com os olhos brilhando através do vidro que separava a sala e a vista, Marina e Alessandro brindando com uma cerveja que não se sabe como conseguiu entrar no hospital e Fairte e Simone chorando juntas. A equipe ajudou a garantir que Rodrigo recebesse os cuidados necessários, enquanto ela finalmente via seus filhos, pequenos e perfeitos, sendo recebidos ao mundo.

O quarto do hospital estava em um caos nada calmo. O som suave da respiração dos gêmeos recém-nascidos misturava-se com o barulho de conversas, risadinhas e murmúrios de felicidades. Isabella estava deitada na cama, com os cabelos um pouco bagunçados e uma expressão de exaustão que não conseguia esconder. Seus olhos, no entanto, estavam fixos em Rodrigo, que estava parado ao lado dela, tentando parecer melhor, mas claramente desconfortável. Ele olhava para os bebês, para as irmãs dela, para o concunhado Alessandro e até para a mãe dela, Fairte, mas evitava o olhar de Isabella a todo custo.

Ela não conseguia mais disfarçar sua raiva. Ele desmaiara durante o parto. O marido. O homem que ela havia escolhido para ser seu companheiro, seu parceiro na vida. E ele tinha desmaiado quando ela mais precisava dele. Ela engoliu a raiva com um esforço, mas a frustração era muito maior que sua vontade de ser gentil.