capítulo 7

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Estou trabalhando numa história mais original, que não é fanfic.

Boa leitura, e me perdoem pela demora.
Comentem bastante, eu leio todos.

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Mais uma vítima do nosso cara foi encontrada, mas dessa vez ele cometeu um erro: deixou uma digital na cena do crime. Para minha surpresa, ele sempre parecia extremamente cuidadoso. Após analisar, Lee, Anong e eu concluímos que a digital não era dele, mas provavelmente de um cúmplice. Já suspeitávamos da existência de um parceiro, e agora restava localizá-lo e convencê-lo a entregar o assassino, o que nem sempre era fácil, mas já era mais do que eu tinha na semana passada.

O substituto do P'Khan ainda não havia sido definido, o que também dificultava meu trabalho. Lidar com aquele velho era complicado, e eu conseguia melhores resultados através da P'Susie, já que minha paciência com ele era limitada. Quando possível, mandava Lee ou Anong buscar um laudo ou confirmar alguma teoria, evitando o confronto direto.

As digitais batiam com as que estavam no banco de dados, e Freen, acompanhada de alguns policiais, foram efetuar a prisão do suspeito. Tudo correu como planejado, e eu fiquei encarregada do interrogatório. Anong e Lee assistiam do outro lado do espelho. Demorei um pouco para entrar na sala; essa era uma de nossas estratégias, deixar o suspeito algum tempo naquele ambiente intimidador. Embora isso raramente funcionasse com assassinos, não custava nada tentar.

Entrei com um refrigerante na mão e servi ao suspeito, que tomou um gole generoso. Perfeito. Conseguimos uma amostra de DNA, mais uma evidência contra ele.

— Sr. Rachanun, gostaria de fazer algumas perguntas.

— Isso é permitido? — perguntou franzindo as sobrancelhas confuso. — Pensei que só poderia falar com você após a chegada do meu advogado.

— E precisa de um?

Ele pareceu confuso. Era um homem de, no mínimo, vinte e dois anos, e eu precisava ter cautela para não pressioná-lo demais e acabar incentivando-o a pedir um advogado.

— Não, claro que não — respondeu, nervoso.

— Onde estava na noite de sexta-feira, por volta das duas da manhã?

— Estava dormindo na casa de um amigo, Pad. Ele pode confirmar.

— Certo, preciso do endereço e telefone dele, Sr. Rachanun.

— Me chame de Nop, por favor. Nop Rachanun — sorriu ele.

E foi nesse momento que percebi que esse garoto era filho daquele cara que tentou agarrar a Charlotte na noite da festa da Kate.

Que porra! O que ele sabe sobre o assassino?

— Muito bem… Rachanun. Encontramos digitais no corpo da vítima, e elas batem com as suas. O que tem a me dizer?

Ele ficou calado.

— Você sabe que ocultação de cadáver é crime, não sabe? — perguntei, negando com a cabeça e esboçando um sorriso frio. — Claro que sabe. Todo mundo sabe. Mover o corpo foi uma burrice. Mas a questão é a seguinte: se você realmente estava na casa do seu amigo, como é que as suas digitais foram parar na cena do crime?

Com a pressão certa, ele finalmente cedeu. Confessou que naquela madrugada viu seu pai chegar com a jovem e, depois de se envolver com ela, tirar sua vida. Em seguida, o pai o forçou a ajudar a mover o corpo. O garoto afirmou não saber das outras vitimas nem ter participado de outros crimes.

Com a confissão em mãos, conseguimos um mandado para revistar a casa. Encontramos pertences de várias vítimas escondidas na garagem dos Rachanun. Fiz questão de interrogar o pai pessoalmente. Assim que entrei, desliguei as câmeras e bati com força sua cabeça contra a mesa. Isso me trouxe problemas com Thanawat, mas eu não estava nem aí. Fiz o que todos queriam fazer.

ONLY U / englotOnde histórias criam vida. Descubra agora