Prólogo

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Ambição...desejos...conquistas...

Meras palavras das quais os humanos devem gravar em suas mentes para tornarem-se alguém no futuro, que bobeira...

"Seja alguém" "Acredite em si mesmo" Meras palavras que instigam o simples instinto humano de competição e realização pessoal.

Realização...talvez fosse isso que me moveu adiante, ou talvez...eu apenas não me importava com nada disso.

Garotas como eu provavelmente se inspirariam em alguma figura pop de bela aparência ou mulheres inteligentes à frente de seu tempo, sinto que fui influenciada por alguma delas, 

Cleópatra, Joana D'arc, Imperatriz Leopoldina, Marie Curie, Santa Maria, são algumas das figuras femininas da humanidade que pude pensar de primeiro pensamento, todas elas tão importantes o quanto, mas ofuscadas com o tempo.

Claro não estou me referindo ao brilho masculino perante à história humana, não tenho um ideal completamente feminista, afinal revoluções e movimentos extremos como esses são um tanto mal vistos pelo método de execução de seus indivíduos, qualquer um pode lutar por seus direitos, mas através da violência, xingamentos e outros meios prejudiciais, ele nunca será visto com bons olhos.

Talvez por ter esse senso de justiça eu pense dessa maneira, algo pode ter me influenciado, alguma obra animada? Algum filme? Não saberia dizer.

Antes eu pertencia á uma família de classe alta, ocasionalmente era negligenciada pelos meus pais, mas isso não era um grande problema, crianças costumam formar um caráter negativo por conta disso.

Nesse caso eu ocupei a mim mesma com atividades das quais poderiam testar o limite desse meu corpo humano.

Dinheiro não era problema para mim, como meus pais não tinham interesse em minha pessoa, vez ou outra alguém de sua confiança vinha para ver meu estado e me dar uma grande quantidade de dinheiro, um exemplo medíocre de como deve-se cuidar de uma criança.

Como era japonesa me dediquei a praticar todos os tipos de artes marciais ao meu alcance, Judô, Karatê, Aikido, Kendo, Kyudo, fui considerada o que poderia ser chamada de "criança promissora" por dominar o conceito básico e intermediário dessas lutas.

Para fortalecer o meu corpo testei os métodos eficientes e claro sem trapaças, afinal eu era jovem.

Comer de maneira drástica e reduzir a quantidade de comida me deixou mal por um longo período, mas comer de mais me deixou preguiçosa e letárgica, elaborando à dieta perfeita eu consegui ter um físico medíocre, não poderia ficar tão forte, afinal eu também prezava um pouco pela minha aparência.

Para o mental, nesse caso, fiz questão de contratar aulas particulares e cursos simulados para o ensino médio e superior.

Diferente das artes marciais me matricular foi bem fácil, com isso tive um desempenho excelente em cada uma das matérias de meu conhecimento.

Segundo um teste de QI, eu poderia me aproximar dos 130, muito abaixo de Einstein, mas ainda assim não tão descartável.

Tive que abrir mão de muitas coisas em busca do meu aperfeiçoamento, amizades, relacionamentos, laços afetivos, isso seriam apenas empecilhos em meu caminho.

Mas ainda assim, não posso dizer que me arrependo, formar uma amizade, quem sabe ter o afeto de algum familiar, são experiências das quais eu não fiz questão de tê-las, o que é um grande pecado da minha parte já que não tenho conhecimento ou referência do quão positivo ou negativo isso seria.

A Sombra de RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora