Armando o Palco

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No momento em questão cheguei aos meus 10 anos eu suponho.

Sendo uma criança meus feitos nesse mundo são limitados nessa faixa etária, claro isso é algo comum até mesmo em meu antigo mundo em minha antiga vida.

Mas de certa forma, tive o que pode ser considerado um crescimento saudável.

Aprendi a andar por conta própria por volta dos meus primeiros anos de idade, nem todo treinamento do mundo me colocou sob tanto estresse, diferente dessa pequena ação fundamental para a maioria dos humanos que não apresentam nenhuma debilitação em seus movimentos.

Por volta dos quatro anos, sendo uma nobre, fui introduzida à aulas de assuntos básicos, ler e escrever não eram as coisas mais complexas do mundo.

O idioma local se assemelha ao inglês antigo, mas a escrita  é um pouco rubrica, mas consegui acompanhar perfeitamente. 

Como introdução, a primeira coisa que aprendi foi o meu nome, Gabrielle Lauret.

Minha família pertence a um clã da nobreza, os Lauret são o que podem ser considerados tradicionalistas, mantendo a riqueza através de negociações com outras casas, comércios e outros meios lucrativos.

Claro que nossos nomes são apenas mais um em meio aos outros nobres, o que é ótimo já que não gosto de me destacar de várias maneiras.

Meu pai, Arthur Cowell Lauret, da sua parte, ele é um homem da alta classe que chegou a ser um acadêmico, cuidando de questões administrativas para alguns aristocratas da capital graças ao sua inteligência acabou conquistando influência.

E minha mãe Beatrice Silve Lauret, segunda filha da família Silve, não sei muito ao seu respeito mas anteriormente ela era uma educadora, acabou se afastando do ofício graças ao meu nascimento, não só isso mas assim como o meu pai ela tinha um trabalho importante na tradução de documentos antigos dos quais eram usados para objetos de estudo para a Capital.

Posso compreender que essa família possuí apenas gênios, o que pode ser uma faca de dois gumes.

Eu não gosto de me destacar, mas ainda assim acredito que futuramente serei cobrada por minhas ações e eles vão exigir resultados de mim, até lá posso seguir com pequenas satisfações através das meus feitos simples como educação básica e intermediária, conhecimentos comuns, lições de etiqueta e até mesmo prática instrumental.

Meu querido irmão mais velho Willian S.C Lauret, o primeiro filho, domina muito bem todos esses conceitos.

Sendo ele um ano e alguns meses mais velho do que eu ele teria uma certa vantagem em alguns aspectos, mas parece que ele consegue superar-se na maioria das vezes.

Ele não parece ser uma má influência, se importa comigo até de mais, como esperado de alguém que seria meu irmão mais velho, embora fosse apenas um ano e meio...quase dois de diferença.

Eu ainda sou imatura no que diz respeito à magia de avaliação, no entanto pude determiná-lo como forte, já esperado de um nobre.

Ele é um excelente aprendiz espadachim embora possua um potencial mágico mediano, no entanto...

Eu não sei bem como dizer, ele parece bem diferente dos outros nobres da casa, diferente dos nossos pais que tratam os empregados com certa indiferença, ele agradece a todos pelos serviços realizados e até mesmo faz questão de ajudar em algumas tarefas das quais eles foram alocados para realizarem.

Alguns o chamariam de o nobre tolo por tentar aproximar-se dos plebeus, mas por que eu o admiro por isso? 

Nunca tive irmãos, nem sequer apoio condicional de algum familiar, mas talvez por ser alguém jovem e bem próximo a mim eu acabei desenvolvendo um certo afeto por ele, heh, interessante.

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