Entrelaçadas | Que se entrelaçou; enlaçado um no outro; enlaçado, emaranhado, entrançado.
❝ Quando a magia entra em colapso e o multiverso se torna uma realidade inegável, o mundo do karatê ganha uma nova e inesperada lutadora: Rapunzel. Com uma mãe...
Rapunzel estava animada, pulava de um lado ao outro por todo quarto, ansiosa para conhecer os lugares que o amigo prometera. Miguel, sentado em sua cama - que possuía uma colcha com o símbolo de seu dojo -, ria da garota que se assemelhava a uma criança de cinco anos.
"Pronta?" Ele perguntou.
"Sim! Sim! Sim!" Imediatamente respondeu, seu sorriso indo de uma orelha a outra. "Tem um problema..." Ela enrolava uma mecha das longas madeixas no dedo indicador. "...preciso estar na rodoviária às 16h30, se minha mãe chegar e não me ver, acho que me mata." A Stockholm riu sem graça, não sabendo até que ponto a frase possuía um sentido superlativo.
"Então a Rapunzel também é Cinderela?" Diaz brincou. "Relaxa, é tempo o suficiente."
Eles se despediram de Carmen com um abraço, podia-se dizer que a mulher já amava a loira e a considerava como parte da família, até brincando frequentemente sobre como possuía uma vontade incondicional de adotá-la.
Sua primeira parada foi no "Miyagi-do", dojo famoso por ser de um vitorioso do karatê, pois Miguel queria apresentá-la a Daniel Larusso. Surpresa era um sentimento que representava a expressão do homem ao vê-la pela primeira vez, seus olhos estavam arregalados e a boca entreabriu, além de parecer que ele prendia a respiração com medo da realidade.
"Você é a tão falada princesa?" O homem de traços latino-americanos falou tentando dispersar o clima desconfortável que deixou no ambiente.
"Acho que sim?! Mas devo confessar que não sei muito sobre a parte de ser princesa..." Ela os fez rir, Miguel a olhou como se tentasse dizer "é claro que você é!"
"Qual o seu sobrenome?" Daniel tentou a sutileza mas falhou, passando despercebido apenas pela garota, que não pensava profundamente sobre o significado por trás do que lhe diziam.
"Stockholm, meu nome é Rapunzel Stockholm, é o sobrenome da minha mãe." Suas mãos desenhavam as pequenas ondulações entre a estampa floral que enfeitava o vestido lilás que usava.
"Nunca ouvi falar... você não é daqui, é?" Continuou o sensei.
"Não, eu moro com a mamãe numa cidadezinha bem longe daqui. Sabe como é, ela não gosta que eu tenha contato com os perigos das grandes metrópoles." Tentou convencê-lo das boas intenções da progenitora, mas não pareceu funcionar, já que ele franziu as sobrancelhas pois achou estranho a relação familiar da nova amiga do Diaz.
"Sei como é, também sou super protetor com a Sam. Inclusive você devia vir aqui outro dia, ela amará conhecê-la!" Rapunzel notou a rigidez que se apossou de Miguel ao ouvir a menção do nome da filha do Larusso, anotou mentalmente que deveria perguntar para ele depois.
"Com certeza voltarei aqui, se ela for tão simpática quanto o pai, viraremos melhores amigas!"
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Quando Rapunzel notou, estava com Miguel numa cerimônia linda que se localizava no centro da cidade. Havia flores por todos os lados, margaridas, girassóis, tulipas, peônias e muitas outras, todas espalhadas entre as paredes, as casas e as decorações, deixando o ambiente mais colorido e familiar. O que mais a impressionou foram os desenhos de sol, pintados a mão por todos que lá estavam.
