Esse é um livro autoral, com intenção de agradar o público feminino e o público masculino.
Unicamente para DC, aceito pedidos, apenas não farei aqueles que tenho pouco conhecimento.
Começado: 09-10-22
Terminado: ××-××-××
Resumo:Em uma cidade onde a sobrevivência é seu principal objetivo, você faz o que for preciso, inclusive se envolver no mundo do crime de Gotham.
Avisos: Violência comum de hqs, arma, corrompimento de menores (menor de idade envolvido em crimes), angústia, culpa.
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Você estava tonto o suficiente para não se importar com a maneira como você veio parar aqui, você não sentia seu corpo inteiro e sua mente parecia estar coberta por uma neblina. Você olhava ao redor com pouca competência, quando alguém abriu a porta do seu quarto, logo um homem que estava sentado ao seu lado levantou e eles começaram um diálogo, apesar do seu esforço para ouvi-los, um zumbido alto se instalava no seu cérebro fazendo que logo você desistisse, aceitando apenas observar a interação dos dois homens a sua frente.
Um deles, o que estava com você desde que você acordou, tinha uma mecha branca em seu cabelo, ele parecia meio alterado ao falar, ele com certeza não estava contente, já o outro homem, um pouco mais alto e mais velho, tinha um rosto firme, também não estava contente, mas parecia mais calmo, ele tinha um rosto familiar, mas não familiar o suficiente para você se lembrar quem era.
Por um segundo o zumbindo na sua cabeça parou e você pode ouvir uma única palavra “Jason”, isso foi antes de uma sensação de formigamento consumir todo o seu corpo, como se todos os seus sentidos voltassem ao menos tempo, isso te fez soltar um baixo chiado, alto o suficiente para que a atenção dos dois homens se voltassem para você.
O diálogo deles mais uma vez estava fora do seu alcance e uma enfermeira adentrou o quarto. Uma sensação gélida consumiu seu corpo e sua mente e, no próximo instante, a escuridão consumiu seus pensamentos.
“Ele ficará bem, o efeito da anestesia logo irá acabar”. A confirmação da enfermeira ajudou a acalmar a notável apreensão de Bruce, mas não teve nenhum efeito na tensão evidente de Jason. “Acho melhor que conversem lá fora” Jason não demorou um segundo para virar as costas e ir em direção ao corredor do hospital, logo sendo seguido por Bruce.
A aflição e culpa corroía Jason, a todo momento ele evitava olhar diretamente no rosto do homem ao seu lado, ele tinha certeza de que Bruce estava o condenando pelo que havia feito. Como Jason pode deixar aquilo acontecer? Ele quase tirou sua vida.
“A criança, ela é um capanga, não tem um chefe certo, tem 11 anos, sua mãe é falecida e não tem nenhum registro do seu pai” Jason ouvia atentamente o pequeno relatório de Bruce sobre você, ele já havia presumido que você era um órfão graças à situação em que ele te conheceu.
“Há quanto tempo ele está nisso?” A informação não era realmente relevante para o Jason, mas ele também não sabia o que perguntar, ele havia atirado numa criança de 11 anos. “Operando no mundo do crime há 1 e 5 meses, trabalhando como capanga há 4 meses” Bruce estava realmente surpreso com o quanto tempo você conseguiu fazer isso sem se meter em problemas.
A mente de Jason estava consumida por todas as questões que vinham a seguir. Você era uma criança órfã inteiramente envolvida no mundo do crime, ele não poderia te deixar com a assistência social e nem te deixar voltar para as ruas. Jason sabia como ambas as circunstâncias eram inteiramente ruins.
“Jason” a voz de Bruce o puxou de volta ao presente momento “Eu sei que você está culpando a si pelo que aconteceu, mas ele ficará bem, sua situação atual já é estável e logo estaremos vendo um lar para ele” Jason queria que as palavras atuais de Bruce fossem o suficiente para confortar sua alma, mas não eram. Saber que Bruce havia notado o quão culpado ele parecia só afirmava sua culpa.
Naquele momento Jason sentiu vontade de confessar seus pecados para Bruce, assumir em voz alta que a cena do rosto pálido de uma criança desmaiada em seus braços com a roupa manchada de sangue foi a única coisa que ele tinha em sua mente em todos os dias que ele esteve sentado naquele quarto de hospital esperando sua melhora, mas ele não fez, ele tinha medo da reação de seu pai, ele tinha medo que por mesmo que por um único segundo ele conseguisse ver um semblante de decepção em seu rosto.
“Você está honestamente pensando em adotá-lo?” Jason perguntou, voltando ao assunto da conversa antes de você ter acordado na tentativa de mudar o foco da conversa. Jason não queria te deixar ir com a assistência social, mas também não era a favor da adoção de Bruce. Bruce preferia deixar essa conversa para outro momento, ele estava mais focado em acalmar seu filho de sua crescente culpa, mas Jason claramente não queria falar do ocorrido agora.
“Eu acho que seria uma boa opção oferecer um lar temporário para ele, pelo menos até que tudo se acalme” Bruce estava contornando sua real intenção, ele realmente queria adotá-lo, mas sentia que não era necessário que Jason soubesse disso. “Ele teria um lugar seguro e uma reabilitação” O termo reabilitação chamou a atenção de Jason, que agora tinha uma expressão confusa. “O que você quer dizer?” Ele perguntou.
“Ele, a criança, tem uma sequência de crimes violentos, já esteve envolvido no planejamento de muitos crimes e uma suspeita de assassino, ele precisa do tratamento adequado para isso” A revelação não exatamente chocou Jason, mas o deixou intrigado. Ele sabia que você não poderia ser deixado com qualquer um, seus antigos hábitos seriam um problema, você tinha que ficar com alguém que poderia lidar com toda a violência que você tinha dentro de você, alguém que conseguisse entender seu passado.
“Sei que você é contra a adoção, Jason, mas é o melhor para ele e dessa maneira você poderia continuar acompanhando a melhora dele, sei o quanto você se importa com isso” Bruce tentava convencer Jason que aquela era a decisão certa, mas Jason sabia que independente da sua aprovação, Bruce te colocaria sobre seus cuidados “Concordo que ele precise de uma reabilitação, mas não sei se você é a pessoa certa para isso, Bruce”.