Capítulo 13

1.1K 123 0
                                    

Passei a noite toda sentado na poltrona, pensando no que Namjoon hyung me disse

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Passei a noite toda sentado na poltrona, pensando no que Namjoon hyung me disse.

Não é possível que o mesmo cara que sempre foi bondoso comigo, sempre cuidou de mim, seja o mesmo que ele falou.

Por volta das sete horas, me levantei e fui até o andar de cima. Entrei no quarto de Hwan e vi que ele ainda estava dormindo.

- Kookie? - Escutei a voz de Jin hyung e o vi no corredor.

Fecho a porta do quarto novamente e o encaro.

- Fez ele ser expulso? - Ele me encara e arregala os olhos. - Sim, era isso que eu tinha que resolver ontem. Eu ia tentar fazer ele falar com você, mas... como e por que você fez isso? E não me venha com o papo de que não se sente pronto para falar sobre isso. Já me falou o suficiente ontem e eu ouvi os dois lados. - Falo seriamente e ele abaixa a cabeça.

- Eu fui obrigado. - Ele diz baixo.

- Me explica essa história enquanto a gente toma café - ele concorda com a cabeça e eu vi o momento em que passou a mão em seu rosto, provavelmente secando lágrimas.

Suspiro e vou até ele, o abraçando. Ele retribui e respira fundo.

- Vamos comer.

- Por que eu dormi no sofá? - Ele questiona e me solta.

- Você tentou beber mais e o Hoseok colocou você no sofá. Aí você pensou que estava de castigo. - Respondo.

– Que ridículo!

– Concordo, vamos.

Descemos as escadas e fomos até a cozinha. Jin hyung tem empregados para quase tudo na casa, menos para a cozinha. Ele gosta de fazer a própria comida e não deixa ninguém mais mexer em suas panelas.

– Eu fui obrigado a contar para o reitor.

– Falamos dis...

– Quem filmou foi um garoto que gostava de mim. Ele ficou puto, porque eu dormi com o Nam. Depois de uns dez dias, ele me mostrou pessoalmente e disse que, se eu não falasse com o reitor que o Nam me obrigou a transar, ele ia postar o vídeo na Internet. Eu falei que não, mas não adiantou nada. Ele postou na minha frente.

– E mesmo...

– Sim. Mesmo assim, eu falei, porque ele disse que apenas ele conseguiria tirar o vídeo da Internet. Bom... era mentira. Depois que eu falei com o reitor, mandei ele tirar o vídeo, mas ele disse que não ia fazer isso e mandou aquela desgraça para os pais do Nam, falando que eu pedi, porque não tive coragem. Quando eles saíram da sala do reitor, eu vi o Nam afastado e fui tentar falar com ele, mas começaram os xingamentos, as humilhações... e foi nesse momento que ele falou a frase que mais me dói, que eu me lembro até hoje. – Ele fecha os olhos e respira fundo. – Eu só não te desejo a morte, porque seria a coisa mais fácil para um monstro como você. Eu desejo que você viva na solidão. Quero que ela seja a única a te acompanhar. – Ele deixa um soluço baixo escapar e torna a fazer o café.

Suspiro e coloco as mãos no bolso da calça.

– Depois disso, eu fui atrás dos pais dele, mas eles disseram que o expulsaram de casa. Eu contei a verdade e os dois tentaram o encontrar, mas não conseguiram.

– Por que não denunciou o cara?

– Porque eu achei que ele estava zoando. Eu jamais pensei que um maluco de vinte anos teria coragem de fazer isso. – Ele explica.

– E o que você sentia por ele naquela época? Você sentia algo por ele, para ter feito isso? – Ele deixa as coisas ali de lado novamente e bufa.

– Sim! – Ele responde. – Eu via ele todos os dias. Eu me apaixonei por ele. Por aquele garoto desastrado. Eu também queria ficar com ele, mas, naquela época, eu tinha medo de ser rejeitado por aqueles que diziam ser meus amigos. Depois de toda a confusão, eu me afastei deles e saí da universidade. Foi quando a gente se conheceu.

– Já volto – me viro e me preparo para sair.

– Vai falar com ele?

– Não. Ver o Hwan – respondo e saio da cozinha.

Vou até o andar de cima e entro no quarto de Hwan, o vendo dormir. Enquanto o observo, mando uma foto dele para Nam, que visualiza rapidamente e me liga.

Que merda é essa? Quem é essa criança?

– Seu filho. Sabia que ele gostava de você?

Ele quem, Jeon? Do que está falando?

– Jin hyung.

– Eu vou des...

– Desdobri quem postou o vídeo na Internet.

– Fala sério, Jeon. Me ligou às sete e vinte e sete, para falar daquela praga?

– Foi o momento que eu achei para te ligar. Enfim... caso queira saber, ele foi obrigado a contar para o reitor, porque um cara gravou e ameaçou postar, caso ele não falasse que você abusou dele. Mas não adiantou porra nenhuma, porque o cara postou no momento em que ele negou.

– E você quer que eu acredite que ele era a vítima da história?

– Não exata... venha para a casa dele. Te mandei por mensagem – desligo o celular e o guardo.

Hwan está começando a despertar e eu vou levá-lo ao andar de baixo.

– Bom dia, coisa pequena. – Ele se estica, boceja e abre os olhos aos poucos.

Hwan se senta no berço e pede colo.

– Vamos comer – o pego em meus braços e saio do quarto.

Vamos até a cozinha e Jin sorri.

– Oi, meu amorzinho! – Ele vem em nossa direção e pega Hwan, que sorri e o abraça.

– Papa.

– Quer comer? – Jin pergunta e Hwan afirma com a cabeça.

Ete – Hwan responde.

– Appa preparou sua mamadeira – Jin hyung informa e pega da pia.

Hwan sorri e pega a mamadeira das mãos de seu pai. Ele começa a tomar o leite da mamadeira e Jin o coloca sentado na mesa.

Ouvimos a campainha tocar e Jin franziu o cenho.

– Eu vou ver quem é – saio da cozinha e vou à sala.

Abro a porta e dou de cara com Nam, que estava de cara fechada e braços cruzados.

– Espero que você tenha um bom motivo para ter me chamado para a casa desse infeliz, desgraçado. – Ele fala realmente.

Minha doce ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora