13 ▸ Histórias e confissões

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Seojun estava agachado na porta da caminhonete, abrindo o pacote de sanduíches e sentou debaixo da árvore.

Ele estava entre a divisa de Daegu, em um parque. Yuna deveria estar em casa, os pés descobertos sobre a grama, enquanto lavava a roupa.

Ele pensou no quanto era feliz naquele momento, com sua família começando a crescer. Longe de tudo, de todos.

Longe deles.

Foi quando um vento veio e então, Seojun olhou para o lado.

Um tímido menino sujo e ensanguentado nas mãos e rosto estava do lado dele. Usando roupas rasgadas, como se tivesse sofrido algum acidente.

ー Senhor, eu estou com fome. Pode me dar um pedaço de sanduíche?

Seojun ficou perplexo, e então se aproximou.

ー Meu Deus, você está bem? De onde veio?

O menino deu mais uns passos, com medo.

ー Eu não quero que eles me levem. Por favor, senhor. Pode ligar para meu pai?

ー E quem é seu pai?

ー Eu não sei. Ele é um homem importante, mas ela me jogou fora. Ela disse que eu deveria morrer. Por ser ômega.

Seojun levou mais um susto e então levantou. O garotinho deu um passo para trás e começou a chorar.

ー Você não vai me devolver a eles, não né? Eles querem me bater, eles vão me bater. Por favor, senhor! Por favor, não me machuque!

ー Calma! Eu não vou te machucar... ー ele estendeu a mão. ー Venha cá, eu te darei um sanduíche. Você precisa de um banho.

O menino olhou para o homem. Ele reparou que o pequeno ômega tinha olhos afiados e cabelos castanhos claros.

ー Vai me machucar?

ー Não irei. Prometo.

O menino se aproximou e então abraçou as pernas de Seojun.

ー Obrigado, senhor.

ー E qual seu nome, garoto?

O menino limpou as lágrimas.

ー Meu pai me chamava de Byun Baek. Eu não lembro do meu nome completo.

Seojun enrolou ele no cobertor e o alimentou, mas um sanduíche de carne e uma maçã não sustentaria o garoto.

Ele dirigiu por horas até chegar em casa. O pequeno garoto adormeceu em seu colo, enquanto ele o levava para casa.

Yuna abriu a portinha da cozinha e olhou para o marido.

ー Seojun? O que é isso?

Ele deitou o garotinho no sofá.

ー Ele estava fugindo deles, Yuna. Está ferido, fraco... deve estar andando sozinho durante alguns dias.

Yuna começou a chorar quando viu o grande talho na testa do garoto.

ー Precisamos cuidar dele. ー Ela olhou para o marido.

Horas mais tarde, Baek estava deitado no quarto de bebê da pequena Yejin. Ele tinha escolhido um ursinho de pelúcia dela, e estava dormindo na cama montada para ele.

Ele estava remendado e alimentado. Pensou no rosto de sua falecida mãe e então chorou baixinho, até que sentiu Yuna alisar seus cabelos e começar a cantar uma canção de ninar para ele.

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