Maria Catarina é uma jovem delicada que encanta a todos por onde passa. Filha de uma família tradicional, ela desafia as convenções sociais ao ajudar a administrar a pequena biblioteca pública da família Campos, localizada em Copacabana, um refúgio...
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O calor da tarde de Copacabana era perfeito para aproveitar a praia, e Beto estava tentando se permitir um momento de relaxamento. Caminhava ao lado de Maria Catarina, os pés afundando na areia fina enquanto a brisa do mar acariciava seu rosto. A alegria dela era contagiante, e Beto começava a sentir que, de alguma forma, tudo estava se encaixando. Após o boliche, ambos estavam mais tranquilos, e ele estava finalmente começando a deixar de lado as inquietações, mas algo ainda estava martelando em sua mente.
Maria olhava para o horizonte, sem pressa, com um sorriso tranquilo no rosto. Ela parecia tão à vontade ali, como se aquele fosse o lugar perfeito para esquecer o mundo. Beto observava seus olhos brilhando, sentindo uma certa paz, mas, ao mesmo tempo, uma frustração crescente.
— Esse lugar é incrível, não é? — Maria perguntou, interrompendo os pensamentos dele. — Eu adoro o clima de Copacabana. Sempre tem algo que te surpreende por aqui.
Beto deu um sorriso, mas seus pensamentos estavam longe. O encontro inesperado com sua mãe no caminho de volta do boliche ainda o deixava em um estado de frustração que ele não conseguia deixar de lado.
Maria percebeu a mudança repentina na expressão de Beto, e com um olhar curioso, perguntou:
— Está pensando em algo, Beto? Parece meio distante.
Ele olhou para ela e suspirou, ainda absorto na situação que acabara de viver.
— Encontrei alguém ontem... alguém que eu preferiria nunca ter encontrado — disse Beto, com um sorriso amargo. — Minha mãe. Eu não a via desde que era criança, acho que não estava pronto para esse encontro.
Maria parou de caminhar e o olhou com atenção, vendo a dor no olhar dele. Ela sabia que Beto estava passando por algo difícil, algo que ele ainda não tinha completamente processado, mas, de alguma forma, ela sentiu que o momento deles deveria continuar leve.
— Eu imagino que deve ser complicado — ela disse, tentando não deixar o clima pesar. — Mas, ao menos, você agora tem a chance de resolver isso. Quando estiver pronto, é claro.
Beto ficou em silêncio por alguns instantes, e então olhou para ela, com os olhos suavizando.
— Eu sei... Eu só... não estava esperando essa surpresa. Mas vamos esquecer isso por agora, né? — Ele deu um sorriso mais genuíno, e Maria, aliviada, correspondeu.
O clima estava mais ameno, e eles continuaram caminhando pela orla, até que Maria, percebendo algo, não conseguiu se segurar.
— Você sabe que estava super ciumento ontem, né? — ela riu, lembrando do boliche. — Aqueles meninos estavam tentando te provocar e você parecia que ia explodir.
Beto a olhou, um pouco surpreso com a direção que a conversa estava tomando. Ele tentou disfarçar, mas não teve jeito.
— Não estava ciumento. Só... não gostei da forma como eles estavam se aproximando de você. Não sei, me senti um pouco... protetor, talvez? — Beto respondeu, a voz mais baixa, como se tentasse justificar o que, para ele, parecia algo irracional.
Maria riu da reação dele, mas também sentiu uma sensação de carinho crescente por ele. Algo nela já sabia o que Beto estava sentindo, mas ela não ia facilitar a vida dele tão cedo.
— Eu sabia que você tinha algum ciúmes! — Ela disse, com um sorriso travesso. — Mas olha, eu não sou nenhuma mocinha boba, Beto. Não vou deixar me fazer de besta por ninguém, nem por você.
Beto a olhou com um sorriso envergonhado. Ele sabia que, no fundo, ela estava certa. Ele não queria ser o tipo de homem que fazia promessas vazias, mas também não sabia como lidar com o que sentia por ela.
Maria parou de caminhar, e com um olhar mais sério, perguntou:
— Mas, e nós, Beto? O que nós somos? Eu preciso entender isso. Não estou aqui para perder meu tempo com algo que não seja real.
A pergunta era simples, mas carregada de um significado profundo. Beto sabia que o que estava acontecendo entre eles não era só uma diversão passageira, mas ele tinha medo de se abrir completamente. Mas, naquele momento, ele não queria mais se esconder de seus sentimentos. Ele queria, de alguma forma, que Maria soubesse a verdade, sem mais rodeios.
Ele respirou fundo, aproximando-se dela com mais confiança.
— Eu sei o que somos... ou o que quero que sejamos, Cata. Eu não sou perfeito, e talvez eu tenha demorado para entender isso tudo, mas... você me faz querer ser alguém melhor. Eu quero tentar, Maria. Quero tentar com você.
Maria olhou para ele, e algo no olhar dele a fez sentir uma confiança que ela ainda não sabia explicar. Ela sorriu, com uma suavidade que apenas ela tinha, e, ao ouvir o apelido carinhoso, se sentiu surpresa, mas também encantada.
— Cata... — ela repetiu, com um sorriso genuíno. — Eu nunca imaginei que você me chamaria assim. Mas... eu gostei.
Ele sorriu, sentindo um calor crescer em seu peito ao ver a expressão de Maria. Ela realmente gostava dele, e isso era algo novo e precioso para ele.
Sem mais palavras, Beto se aproximou mais de Maria, sentindo o cheiro do mar e a proximidade dela. Ele segurou seu rosto com delicadeza, e Maria, sem hesitar, se aproximou também. O beijo foi suave no início, mas logo se intensificou, como se os dois estivessem se descobrindo de uma forma mais profunda. O mundo ao redor deles desapareceu por um momento, e tudo o que restava era a certeza de que aquele beijo era o início de algo genuíno.
Quando se separaram, seus rostos ainda estavam próximos, e Maria, com os olhos brilhando, sussurrou:
— Eu quero tentar também, Beto.
Ele sorriu, agora sem nenhuma dúvida. Eles haviam se encontrado, e isso era só o começo.
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