Chapter 5

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─────────── CAPÍTULO 5
noite no boliche.

─────────── CAPÍTULO 5noite no boliche

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O sol estava se pondo, tingindo o céu de um tom dourado, quando Beto decidiu que era hora de agir

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O sol estava se pondo, tingindo o céu de um tom dourado, quando Beto decidiu que era hora de agir. Desde a última vez em que se encontraram, ele não conseguia parar de pensar em Maria Catarina. Sua gentileza, sua sinceridade... Ela parecia tão diferente de tudo o que ele estava acostumado. Talvez fosse a chance de mudar sua abordagem, de finalmente encarar o que sentia, sem mais escapismos.

Ele caminhou até a biblioteca, o som das ondas quebrando ao fundo e o burburinho da cidade se misturando. Quando entrou, o aroma familiar dos livros o envolveu, e lá estava Maria, concentrada em um livro antigo, os cabelos soltos caindo suavemente sobre os ombros.

— Oi, Maria — disse Beto, com um sorriso. Ela levantou os olhos e sorriu de volta, um pouco surpresa, mas sem perder a graça.

— Beto! O que faz por aqui? — Ela levantou-se da mesa, deixando o livro de lado.

— Eu estava pensando... que tal dar uma pausa no seu trabalho? Fui convidado para uma noite no boliche Bowling Rock. O lugar tem uma energia boa, e o melhor de tudo: o Ulisses trabalha lá, então, quem sabe, podemos nos divertir um pouco. Que acha?

Maria olhou para ele, hesitando por um instante. A ideia de sair do ambiente calmo da biblioteca e se jogar em algo tão animado e diferente era tentadora, mas ela sabia que, por trás do convite, havia algo mais. Algo que ela ainda não conseguia decifrar.

— Parece divertido... Acho que uma pausa seria boa, sim. — Ela sorriu. — E Ulisses? Nunca o vi em ação em um lugar assim.

Beto deu uma risada, aliviado por Maria ter aceitado. 

— Ah, ele é o melhor. Ele trabalha lá como atendente, mas tem um jeito único de fazer tudo parecer ainda mais divertido.

Eles saíram juntos, a conversa fluindo facilmente enquanto se dirigiam ao boliche. O som das músicas de fundo e a iluminação colorida criavam uma atmosfera vibrante quando chegaram ao local. Ulisses os viu de longe e acenou, sorrindo largamente ao perceber que Beto havia cumprido sua promessa de trazer Maria.

— E aí, meu chapa! — Ulisses deu um abraço em Beto, e depois cumprimentou Maria com um sorriso caloroso. — Bem-vinda ao meu domínio! Aqui é onde a diversão nunca acaba.

Maria sorriu de volta, encantada com o ambiente descontraído do lugar. A noite parecia promissora, e ela estava animada para se divertir. Mas quando os três se acomodaram em uma mesa próxima às pistas de boliche, dois meninos se aproximaram de Beto.

Topete e Guto, dois amigos de Beto, estavam visivelmente empolgados ao vê-lo. Topete, com seu cabelo moreno penteados para cima e seu jeito extrovertido, foi o primeiro a falar.

— Beto! Aí sim, hein! Não me diga que você está se aventurando no Boliche? Achei que estava fugindo disso! — Ele riu, batendo as costas de Beto com familiaridade.

Guto, um pouco mais calado, com cabelo escuro e um olhar curioso, observou Maria antes de cumprimentar Beto.

— Quem é a nova companheira de aventuras, Beto? Ela é a razão do seu retorno ao bowling, não é?

Maria sorriu educadamente, mas algo em seu sorriso parecia distante. Beto percebeu, embora tentasse disfarçar.

— Essa é Maria Catarina. Ela trabalha na biblioteca da família Campos. — Ele se virou para ela, sorrindo. — Maria, esses são os meus amigos, Topete e Guto.

Maria acenou educadamente, mas Beto notou, com um leve desconforto, como Topete e Guto pareciam interessados nela. Topete não perdeu tempo, já fazendo perguntas e comentando sobre a biblioteca.

— Nossa, você deve conhecer livros incríveis, né? Eu sempre quis ler mais, mas nunca tive paciência. — Ele sorriu, mais por charme do que por interesse genuíno.

Maria riu suavemente, sem se deixar impressionar. 

— Tenho uma coleção interessante, sim. Mas não precisa de muita paciência para gostar de livros, só um pouco de curiosidade.

Guto, mais introspectivo, olhou para Beto e então para Maria, e logo tentou se enturmar com ela. Beto, que até então estava se divertindo, sentiu uma pontada de ciúmes. A maneira como seus amigos estavam se aproximando de Maria o incomodava mais do que ele gostaria de admitir.

Topete, percebendo que Beto estava mais quieto, deu um empurrãozinho no amigo, provocando-o de leve. 

— E aí, Beto? Vai deixar os dois aqui competindo pela atenção da Maria ou você vai tomar alguma atitude?

Beto forçou um sorriso, tentando esconder o desconforto. Ele não gostava de admitir, mas sentia uma sensação estranha ao ver a facilidade com que seus amigos estavam se conectando com ela. Ela era calma, tranquila, mas parecia ter uma presença que atraía todos à sua volta, e Beto se perguntava se isso o afetava mais do que ele queria.

— Eu não... Eu não estou competindo com ninguém — disse Beto, mas sua voz saiu mais ríspida do que ele imaginava.

Maria olhou para ele, notando a mudança no tom. Ela tentou quebrar o silêncio com um sorriso, pegando uma bola de boliche e se levantando.

— Vamos jogar, então? Acho que todos precisamos de um pouco de distração.

Topete e Guto concordaram imediatamente, e logo estavam todos na pista. No entanto, Beto não conseguia parar de observar como os dois meninos pareciam tão confortáveis com Maria, e isso o deixava inquieto. Ele forçou um sorriso e tentou se concentrar no jogo, mas algo parecia estar mudando. Ele estava começando a perceber que, talvez, Maria fosse mais importante para ele do que ele imaginava.

E, com isso, uma nova e complexa camada de sentimentos começava a surgir em Beto, algo que ele ainda não sabia como lidar.

E, com isso, uma nova e complexa camada de sentimentos começava a surgir em Beto, algo que ele ainda não sabia como lidar

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FALLING IN LOVE | Beto Sobral.Onde histórias criam vida. Descubra agora