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Nos dois anos que se seguiram àquela luta decisiva, Lina se dedicou ao karatê como nunca antes

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Nos dois anos que se seguiram àquela luta decisiva, Lina se dedicou ao karatê como nunca antes. O afastamento de Kwon a deixou magoada, mas ao mesmo tempo a impulsionou a se tornar mais forte, não para provar nada a ele, mas para provar a si mesma que ela era capaz de conquistar seu próprio caminho. Ela sabia que Kwon a via apenas como alguém que lutava porque seus pais a forçavam, mas isso não era a verdade. Lina amava o karatê, e a dor de sua separação a fez mergulhar ainda mais fundo nesse mundo, superando limites, enfrentando desafios e aprimorando suas habilidades.

Ela passou os dois anos seguintes treinando incansavelmente com seus senseis, Cheng e Dre, ambos reconhecendo o fogo em seus olhos e a vontade de ir além. Durante esse período, ela se afastou do peso das expectativas de sua família, se concentrando no que realmente queria: ser uma lutadora autêntica, sem as amarras de seu sobrenome. Ela se tornou mais disciplinada, mais focada, e quando não estava treinando, estava analisando suas derrotas e vitórias, sempre buscando aprimorar cada aspecto de sua técnica.

Agora, aos 17 anos, Lina estava em Barcelona, pronta para enfrentar o maior desafio de sua vida: o Sekai Taikai, o torneio internacional de karatê. Era uma chance de mostrar ao mundo do que ela era capaz, de provar que o karatê não era apenas um caminho imposto, mas sim sua verdadeira paixão. O peso da competição era grande, e ela sabia que o torneio seria um campo de batalha tanto físico quanto emocional.

O Sekai Taikai representava o ápice de sua jornada, e Lina estava determinada a mostrar que, apesar das feridas do passado, ela havia se tornado mais forte e mais resoluta do que nunca.

Depois que chegaram a Barcelona, Cheng e Dre foram até a área de credenciamento para confirmar a inscrição. Houve alguns problemas pelo fato de Lina estar competindo sozinha, sem uma equipe completa, mas, no final, conseguiram resolver. Ela sentiu um peso sair de seus ombros, mas a ansiedade permanecia.

Ao entrar no local do torneio, Lina não pôde deixar de observar a grandiosidade do ambiente. Dojos de todos os cantos do mundo estavam presentes, cada um com seus uniformes impecáveis e representantes disciplinados. O espaço era enorme, vibrante, e Lina se sentia pequena em comparação. Mesmo ao lado de seus dois senseis, ambos tentando tranquilizá-la com palavras firmes, ela não conseguia evitar o frio na barriga.

Seu uniforme sem mangas vermelho com listras branca deixava suas tatuagens à mostra, chamando olhares por onde passava. Lina sabia que causava impacto, e o contraste entre seu rosto jovem e a imponência de suas marcas carregava uma força que fazia as pessoas pensarem que ela era mais velha do que realmente era. Aquilo, claro, era uma marca de sua família, um lembrete constante das origens que ela tanto tentava superar.

Ela estava concentrada em absorver o ambiente quando tudo parou. O som ao redor diminuiu, seus passos hesitaram, e o mundo pareceu girar lentamente. O motivo? O dojo Cobra Kai havia acabado de entrar.

Lina paralisou. Sua respiração ficou rasa, e um calor percorreu sua espinha. Ali, à frente, caminhava ele: Kwon. Vestido com o uniforme preto do Cobra Kai, ele parecia ainda mais forte, mais maduro. O olhar frio e analítico dele varreu o ambiente, impondo respeito e uma aura quase impenetrável.

Broken Balance - KwonOnde histórias criam vida. Descubra agora