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Lina estava exausta

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Lina estava exausta. Depois da bronca de Cheng e de passar algum tempo revendo suas estratégias, tudo o que ela queria era um banho e um pouco de silêncio no quarto. Quando as portas do elevador se abriram, ela entrou e pressionou o botão de seu andar, apoiando-se contra a parede enquanto observava os números se iluminarem um a um.

Antes que as portas se fechassem completamente, uma mão as impediu. Elas abriram de novo, revelando Tory, do Cobra Kai, entrando com sua expressão impassível de sempre. Tory deu uma olhada rápida em Lina, mas não disse nada.

O silêncio no pequeno espaço era quase palpável, e Lina, embora um pouco hesitante, decidiu quebrá-lo.

— Tory, certo? — Lina disse, mantendo um tom calmo e reservado.

Tory ergueu as sobrancelhas, como se não esperasse que Lina falasse.

— Certo. E você é a garota sozinha.

Lina deu um pequeno sorriso, sem se deixar abalar pelo comentário.

— Lina. Meu nome é Lina.

Tory encostou-se à parede oposta, cruzando os braços enquanto avaliava Lina por um momento.

— Você é corajosa, eu dou isso a você. Competir sem equipe e chegar tão longe... não é algo que se vê todo dia.

— Ou teimosa demais para saber a hora de desistir — Lina respondeu, meio brincando, embora houvesse um tom sincero em sua voz.

Tory soltou um pequeno riso seco, quase imperceptível.

— Talvez um pouco dos dois.

O elevador continuou subindo, e o silêncio voltou a pairar entre elas, mas desta vez parecia menos desconfortável.

— Então, por que você está aqui sozinha? — Tory perguntou de repente, sua voz ainda carregando aquele tom de curiosidade desconfiada.

Lina deu de ombros.

— Porque meus pais acham que eu deveria estar. Eles acreditam no karatê mais do que eu às vezes.

Tory assentiu, como se entendesse.

— Pais... sempre achando que sabem o que é melhor, não é?

— E você? — Lina perguntou, retribuindo a curiosidade. — Por que está no Cobra Kai?

Tory desviou o olhar por um momento, a expressão endurecendo.

— Longa história. Mas vou dizer isso: eu não tinha muitas opções. E quando você não tem opções, você luta.

Lina não respondeu de imediato, mas algo na resposta de Tory a fez se sentir conectada à garota, mesmo que de maneira distante.

As portas do elevador finalmente se abriram, e Tory deu um passo para fora. Antes de sair completamente, ela parou e olhou para Lina.

— Boa sorte mais tarde. Vai precisar.

Lina ficou no elevador, surpresa, mas com um leve sorriso. Assim que as portas se fecharam, ela murmurou para si mesma.

— Você também, Tory.

Lina destrancou a porta do quarto com um suspiro cansado, pronta para tomar um banho e se jogar na cama

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Lina destrancou a porta do quarto com um suspiro cansado, pronta para tomar um banho e se jogar na cama. Assim que entrou, parou no meio do caminho, franzindo o cenho. Kwon estava ali, jogado na cama dele, sem camisa, como se aquele fosse o lugar mais confortável do mundo.

— O que você está fazendo? — perguntou, largando a mochila perto da porta.

Kwon levantou o olhar com a calma irritante que só ele tinha.

— O mesmo que você, descansando.

— Eu não tô falando disso. Por que você está sem camisa?

Ele deu de ombros.

— Não sabia que precisava de aprovação pra isso.

— Claro que não precisa, mas, sério, coloca uma camisa. — Lina passou a mão no rosto, tentando não soar tão desconfortável.

— Tá incomodada, Zhang? — Kwon perguntou, com aquele sorriso provocador que ela odiava tanto quanto odiava o fato de não conseguir ignorá-lo.

— Nem um pouco. — Ela ergueu o queixo, mas evitou olhar para ele por muito tempo enquanto atravessava o quarto em direção à sua cama.

— Jura? Porque parece.

Lina soltou um riso irônico e se virou para ele, as mãos nos quadris.

— Sério, Kwon? É isso? Você vai começar com as implicâncias agora?

Kwon se levantou, caminhando devagar até ela.

— Eu não tô implicando, só acho engraçado. Você sempre foi tão orgulhosa, Lina. Nunca admite nada.

— Admitir o quê? Que você é insuportável? Todo mundo sabe disso.

Ele estava perto demais agora, o sorriso desaparecendo enquanto o olhar dele ficava mais intenso.

— Insuportável? Engraçado, porque parece que você sempre dá um jeito de ficar por perto.

— Eu não escolhi isso, lembra? — Ela tentou manter o tom firme, mas sua voz saiu mais baixa do que esperava.

— Claro que não. — Kwon inclinou a cabeça, analisando-a como se ela fosse um enigma que ele estava tentando resolver.

O silêncio entre eles ficou pesado, carregado de algo que nenhum dos dois parecia pronto para nomear. Lina percebeu que estava prendendo a respiração, consciente demais da proximidade dele, do calor que emanava de seu corpo.

Ela estreitou os olhos, tentando pensar em algo para dizer, mas sua mente estava uma confusão de emoções contraditórias. E, sem pensar, sem dar tempo para ela mesma reconsiderar, fechou a distância entre eles e o beijou.

O gesto foi feroz, repentino, pegando Kwon completamente de surpresa. Ele congelou por um segundo, os olhos arregalados, mas rapidamente correspondeu ao beijo, sua mão subindo para segurar o rosto dela enquanto ele aprofundava o contato.

Quando Lina finalmente se afastou, ofegante, seus olhos encontraram os dele, que pareciam um turbilhão de emoções.

— O que foi isso? — ele perguntou, a voz rouca.

— Não sei. — Lina passou a mão pelos cabelos, confusa e tentando esconder o rubor que tomava conta de seu rosto. — Mas, pelo menos, te calei por um momento.

Kwon riu, baixo e incrédulo, mas não disse mais nada. Ele só ficou ali, olhando para ela como se tentasse decifrá-la, enquanto Lina tentava entender o que, exatamente, havia acabado de fazer.

— Deixando claro — Ela levantou o dedo — Isso não vai se repetir.

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Broken Balance - KwonOnde histórias criam vida. Descubra agora