Dois anos atrás, Lina Zhang derrotou Kwon em uma luta que marcou o fim de sua amizade e deu início a um afastamento doloroso. Agora, no prestigiado Sekai Taikai, eles se reencontram, mas estão em lados opostos, representando dojos rivais. Entre troc...
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Lina estava deitada, encarando o teto enquanto tentava afastar o cansaço. O quarto continuava solitário, mesmo com toda a grandiosidade do hotel. Os cartões de hotel que havia ganhado de Kwon estavam empilhados ao lado, mas agora pareciam um peso, um lembrete da história complicada entre eles.
Foi então que a batida soou na porta.
Ela levantou rapidamente, ajeitando o cabelo e o pijama. Quem estaria ali àquela hora? Ao abrir, encontrou Kwon parado no corredor, com a expressão neutra, mas o olhar carregado de algo que ela não conseguia decifrar.
— Você disse que guardaria uma cama para mim — ele disse, direto, os braços cruzados.
Por um instante, Lina ficou sem reação. Ela sequer se lembrava da provocação no aquário, mas aparentemente, ele havia levado aquilo mais a sério do que ela esperava.
— Eu estava só brincando — ela respondeu, inclinando-se contra a porta com uma sobrancelha arqueada.
— Mas eu não estava — Kwon respondeu, seco, antes de entrar no quarto sem ser convidado, fechando a porta atrás de si.
Lina bufou, cruzando os braços enquanto o via caminhar pelo quarto como se estivesse inspecionando o espaço. Ele era tão irritantemente confiante, e ainda assim, havia algo nele que fazia seu coração acelerar.
— Você realmente não tem vergonha, né? — ela provocou.
Kwon virou-se para ela, os olhos encontrando os dela com intensidade.
— Você disse que tinha uma cama para mim. Achei que fosse cumprir sua palavra.
— Eu estava brincando, Kwon. Não achei que fosse levar a sério.
— Talvez eu tenha cansado das suas brincadeiras, Mei-Lin.
A forma como ele pronunciou seu nome completo fez um arrepio percorrer sua espinha. Lina mordeu a língua, tentando conter a resposta que surgia em sua mente.
— E o que você quer, então? — ela perguntou, dando um passo à frente, desafiadora.
— Talvez eu só queira entender — ele rebateu, aproximando-se dela.
A tensão no ar ficou palpável quando ele parou a poucos centímetros de distância. Os olhos de Lina vagaram pelo rosto dele, parando em sua boca por um breve segundo antes de voltar a encontrar seu olhar.
— Entender o quê? — ela murmurou, a voz quase um sussurro.
Kwon respirou fundo, os músculos da mandíbula tensos. Ele também parecia lutar contra algo.
— Por que você sempre resistiu a mim?
A pergunta a pegou de surpresa. Lina sentiu o coração acelerar, a proximidade entre eles a deixando inquieta. Mas ela não recuou.
